A Liga da Mulher Angolana (LIMA), braço feminino da UNITA, está em preparação para o seu quinto congresso ordinário, que acontece de 2 a 6 de Outubro de 2024. Este evento assume-se de grande importância para o partido, que tem na candidata Alice Sapalalo como a mais cotada para liderar a organização
Três candidatas foram já apuradas e posicionadas no boletim de voto. Iveteh Kapapelo, Alice Sapalalo Chivemba e Antonieta Kulanda são as candidatas ao cadeirão máximo do organismo, no conclave que decorre sob o lema “2024: Ano da Mobilização Nacional para as Autarquias”.
Este congresso não só definirá a direcção futura da LIMA, mas também será uma oportunidade para discutir o papel das mulheres na política angolana, particularmente dentro da UNITA, que tem estado a procurar aumentar a participação feminina dos seus quadros.
Alice Sapalalo, “a candidata de eleição”
Desde o anúncio do congresso, em Junho deste ano, a UNITA, em particular a LIMA, tem procurado uma liderança capaz de não apenas ascender ao comando, mas também corrigir falhas estratégicas passadas e alinharse com os interesses do partido.
Alice Sapalalo Chivemba, natural da Ganda, em Benguela, destaca-se entre as preferidas para liderar a organização feminina da UNITA. Com uma carreira marcada por dedicação ao partido, solidariedade e competência, Alice Sapalalo é vista por muitas militantes como a escolha ideal. Actualmente, o braço feminino do partido é liderado pela deputada Helena Bonguela Abel, cuja reeleição em 2020 foi cercada de controvérsias, incluindo acusações de fraude por Manuela dos Prazeres.
A então concorrente, que posteriormente foi expulsa do partido, teve um papel central no processo judicial, que levou o Tribunal Constitucional a anular o congresso de 2019, que havia eleito Adalberto Costa Júnior como presidente da UNITA.
Alice Sapalalo Chivemba, formada em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada do Porto e mestre em Ciência Política pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSPUL), fala, além do português, umbundu, francês e inglês. A sua trajectória profissional inclui mais de uma década como professora universitária em disciplinas como Introdução às Relações Internacionais e Análise da Política Internacional, além de cargos de direcção em instituições académicas no país.
O V Congresso Ordinário da LIMA, segundo a presidente Helena Bonguela Abel, será precedido pela definição de um conjunto de “regras e procedimentos” fundamentados no regulamento eleitoral da LIMA, nos estatutos do partido e na legislação angolana.
Durante a conferência realizada em Junho, Helena Bonguela ressaltou que o congresso será uma oportunidade para analisar o desempenho da LIMA no mandato anterior, revisar e aprovar os estatutos, e traçar a estratégia e o programa para o futuro, culminando na eleição da nova presidente e dos membros do Comité Nacional.