Depois do fracasso com as criações FOFAC, no pleito de 2008, e com o PAPOD, em 2012, formações políticas extintas pelo Tribunal Constitucional (TC) por insuficiência de votos, Artur Kixona surge com um novo.
POR: Ireneu Mujoco
Trata-se de AGUA-D, ou seja, Angola Unida pela Democracia e Desenvolvimento, que pretende transformar-se em partido político após ter sido credenciado pelo Tribunal Constitucional em Fevereiro de 2017. A apresentação foi feita à imprensa, Quarta-feira, 3, em Cacuaco, à margem da sua primeira assembleia geral.
Em conversa com os jornalistas, Artur Kixona Finda explicou que esta nova força política, que aguarda a sua legalização definitiva junto do TC, surge “para engrandecer a democracia, contribuir para a unidade nacional e o desenvolvimento do país”. Adiantou que a mesma se define como sendo de esquerda e, para a sua inscrição, apresentou cerca de sete mil assinaturas ao TC, recolhidas em todo o país. Adiantou que a grande expectativa de momento é o reconhecimento do partido por esta instância jurisdicional, para, seguidamente, avançar com outras acções que se impõem, como é a abertura das representações provinciais.
Enquanto se aguarda pela legalização, Artur Finda revelou que o AGUA-D está a trabalhar para o recrutamento e mobilização de mais membros, para engrandecer as suas fileiras. Instado a pronunciar-se sobre as mudanças que o novo Presidente da República, João Lourenço, está a fazer, disse ser prematuro fazer uma avaliação, mas encorajou-o a prosseguir com as acções como o combate contra a corrupção e à impunidade.
Refira-se que o Fórum Fraternal Angolano Coligado (FOFAC) participou nas eleições legislativas de 2008, tendo obtido 8.710 votos (0,15 por cento), insuficientes para manter-se como formação política. Após o seu fracasso, foi refundado e ressurgiu com o nome de PAPOD, mas também não obteve sucessos nas eleições gerais de 2012, tendo sido também extinto. Agora Kixona é AGUA-D.