O OPSA (Observatório Político e Social de Angola), o LAB (Laboratório de Ciências Sociais e Humanidades da universidade Católica de Angola) e a ADRA (Acção para o Desenvolvimento Rural e o Ambiente) consideram que o Orçamento Geral do Estado em execução, apesar de apresentar um crescimento do Produto Interno bruto de 2.8%, não responde às previsões do Plano Nacional de Desenvolvimento (PDN)
Este posicionamento foi apresentado ontem, terça-feira, em conferência de imprensa por estas organizações, que revelam que os dados no OGE apresentam uma taxa de inflação de 15, 5% e 65 dólares o preço do barril do petróleo, porém, não respondem às previsões do PDN dado o crescimento da população estimado em 3,1%, segundo estudos.
De acordo com a Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) e parceiros, o petróleo, que actualmente representa cerca de 60% das receitas do país, tem a tendência de reduzir, face à baixa da produção.
Segundo ainda a ADRA, o Executivo espera uma redução de produção de 28 mil barris/dia, o que significa que os rendimentos petrolíferos vão recuar 4%, segundo cálculos desta instituição, se comparado com o Orçamento de 2023. A ADRA e parceiros criticam a insistência do Executivo na aposta do sector da defesa e segurança, em detrimento de outros sectores, alertando que essa opção deve ser analisada, embora se reconheça que houvesse neste OGE maior incremento para o sector social.
POR: José Zangui