Angola alcançou a sua Independência Nacional a 11 de Novembro de 1975, libertando-se da colonização portuguesa. No ano em curso, celebrou 49 anos da sua independência, sob vários desafios políticos, económicos e sociais.
No âmbito das celebrações do 49.º aniversário da Independência Nacional, a rubrica “O jovem e a Independência” da presente edição traz a visão da jovem psicóloga Marcelina Araújo.
O povo angolano celebrou, no mês de Novembro, 49 anos da sua Independência Nacional. De igual modo, prepara-se para comemorar, no próximo ano, os 50 anos de Independência. Enquanto jovem, que análise faz destes 49 anos de Independência Nacional?
R.: Falar de independência Nacional é falar da festa da liberdade, liberdade da opressão colonial que se abateu sobre o povo angolano. É um marco que deve ser celebra- do com alegria, euforia, porque o povo está agora livre para se expressar, e a cada dia construir uma Angola melhor. A nossa Independência representa uma grande conquista, naquela época de muito sofrimento vivido pelo povo angolano… Portanto, bem-haja à Independência Nacional do nosso país!
Os ganhos da Independência Nacional até aqui alcançados têm sido preservados pelos angolanos? Sim, os ganhos da Independência Nacional têm sido preservados, olhando para aquilo que foi o passado que vivemos: primeiro, o processo da era colonial, depois a luta armada. Felizmente, com muito esforço, em 2002, foi alcançada a paz em todo território nacional, depois de uma guerra que ceifou milhares de vidas. Portanto, não tem como não preservarmos a tão esperada paz e reconstruir o país com o trabalho diário e comprometimento para o desenvolvimento.
A atitude e o posicionamento de cada angolano é que poderão nos levar ao desenvolvimento, tanto pessoal como dessa Angola que se quer construir e reconstruir. Há 49 anos que o povo angolano é soberano e livre da opressão colonial portuguesa. Acha que a reconciliação nacional entre os próprios angolanos foi consolidada? Infelizmente, não. Apesar de já sermos um país independente, a verdadeira reconciliação nacional não foi ainda consolidada, ainda há muito por se trabalhar nesse quesito. É necessário que as diferentes culturas e povos, de Cabinda ao Cunene, se unam e se respeitem e se sintam parte integrante desta bela independência.
Todos os angolanos, de Cabinda ao Cunene, são chamados a participar, no próximo ano, da grande celebração dos 50 anos da Independência Nacional. Entretanto, olhando para as dificuldades de vida que aumentam a cada dia, acha que o povo se revê nessas celebrações?
Independentemente das situações sociais que se vive no país, cada angolano deveria se rever nestas celebrações, pois se trata de uma data em que cada um de nós se viu livre de toda opressão colonial. É um grande marco histórico. Devemos olhar para o futuro com esperança de que esse momento difícil que o país atravessa vai passar, e que o melhor está por vir. Com persistência e comprometimento, podemos construir um futuro melhor para Angola. Eu acredito que, tanto a esfera adulta quanto os mais jovens, vão celebrar, porque é a liberdade de cada um nós, e com isso podemos dizer que estamos livres para conquistar, para buscar, para ir atrás dos nossos sonhos.