De onde vocês vão vem gente que vê o que realmente deve ser visto. Um encanto, um potencial, uma realidade diferente do que nos têm contado – testificam – vi com os meus próprios olhos, ouvi com os meus próprios ouvidos, uma maravilha, um paraíso, a lista continua e a mentira é certa.
Tal como nos velhos tempos, é da diáspora e dos movimentos de onde rejuvenesce o sentimento patriótico, o desejo difuso pela terra, – o vamos descobrir Angola -, a pura identificação com a terra-mãe, aquela que move os filhos a fazerem tudo e mais alguma coisa para libertar a pátria dos algozes; o verdadeiro sentimento patriótico, porque, isto de denunciar a fome e miséria, actualmente, já não é como nos velhos tempos dos movimentos de libertação nacional, isto hoje é um sentimento antipatriótico, dos inimigos da paz, portadores de agendas estranhas aos desígnios do Estado.
Vinde e vede a Angola Real, aquela que encanta os residentes na diáspora cuja visão do seu berço foi sempre exagerada, aliás, andaram a contar inverdades sobre o país aos outros, os vossos irmãos.
Mesmo os que emigram – dizem – não entendemos as razões, com tanto potencial, riquezas e maravilhas, por que razão fogem? MONAAR – Eis que renasce o activismo corporativo pela nação, aquele que luta contra todas as correntes maldosas que insistem em manchar o bom nome do país campeão da paz no estrangeiro.
Os tempos impõem a projecção da boa imagem da pátria, a fugaz visão do país. E a miséria real? Que fique mesmo com os miseráveis, porque, no país real, não existe (tanta) miséria tal como anunciam e denunciam os profetas do mal e prosélitos das benesses parlamentares, aliás, é tudo muito relativo.
Em 12 dias, ouvindo e vendo o que se faz no país a nível da política, economia e sociedade, ficamos convencidos de que existe uma Angola Real, um gigante adormecido em profundo sono, um diamante bruto que orgulha e encanta os filhos que dela provieram. Diferente do que têm vivenciado há cinquenta anos, nós vemos um ambiente de estável felicidade.
O sentimento é de dever cumprido, claro, agridoce. Regressamos às nossas origens carregando uma boa imagem do nosso país e – realça – contarei pessoalmente aos meus familiares o que vi? Mas, ainda assim, todo esse encanto não desperta em nós o desejo de voltar para ficar. Por quê?
Por: *Professor de Literatura