Pouso-me aqui neste velho cadeirão para minusculizar os acidezes que nascem nestas RUAS da LUA. Jogo meus óculos à «tevê» que me agora transfere coisas insólitas deste país-obra que nos cá rega um ca boco totalmente lacunoso.
As notificações televisivas fazem-me perceber estarmos já adentrar numa nova temporada que nos fará «bungle-bangar» pintar essa tinta que há em nós – essa que preferem chamar amor – aos nossos vizinhos e tios que nunca mais nos cruzamos nestes bekus do cazenga.
Como sempre, quando se chega a essa estação, as celas televisivas pintam nossas telas com imagens que não nos descrevem alguma coisa de ajustar alguns conceitos destes jovens que se preferem «académico» o adjectivo. Vejo, também, fotografias do misterioso Noé, o sempre papá, que faz ainda meu EU criança entrar em êxtases. dezembro – vinte e cinco no calendário cada vez mais próximo de mim. mais próximo de nós.
As estrelas são humanas a preencherem as ruas e com as cabeças totalmente na LUA. E o vazio é arma que se criàpróxima no imo dessas cabeças embaralhadas. Aliás, na cabeça de quem ama enterrar dezembro – vinte e cinco no peito.
Por isso, quanto mais nisso volto a pensar, mais humanos no mês adjacente vejo a entrarem no rinque e a fome é sempre vencedora neste jogo cósmico.
Perceba-me: não é que eu seja contra alguma celebração natalina. disputo-me apenas a vileza que caminha nos capacetes dos humanos. o que me sempre provoca enjoo quando se aproxima essa época.
A título de lucidez: as noites, nessa época, já não servem para sonego, os sonhos ocultam-se e eu sonho quando durmo, quando não, os sonhos transformamse num caos e atrapalham de modo áspera a minha massa (pronto!) Dezembro é mélico, é doce porque me faz ver as estrelinhas da Lua todas limpinhas como as imagens que o paraíso nos propõe.
E se isso fosse um exercício contínuo (?) talvez teríamos na montra um documento a descrever o prémio das pessoas mais limpas do mundo.
Nesse dia, dia de natal, ou seja, dias de granjear mais passaporte para o dois mil e vinte e quatro, vamos todos sentar às mesas e aproveitarmos esboçar os risos e passarmos a palavra educação aos mais pequenos. sabe-se que finais de semanas o tempo nunca visitou nossos relógios para conversas valiosas.
Vamos inserir um vinho no peito, vamos pousar um semba nos pés. As meninas, as de idades recentes, terão a liberdade de hora qualquer entrarem em casa.
Os rapazes, os que acham estar mais avançados que nós, saberão o que fazer com as suas próprias cabeças. Viveremos como se nos anunciassem a nossa partida.
Aqui e acolá é assim que se vive o Dezembro com muita ousadia e desordem mais desordem mais desordem. No dia que se seguirá, voltaremos à normalidade.
As panelas voltarão a produzirem o barulho suficiente. As pessoas voltarão na mesma condição psicológica. Os preços nos mercados também voltarão.
Alguns humanos esquecerão das suas promissões. E outros pousarão o remorso no cérebro quando perceberem ter esmagalhados mais economia devido à fantasmagoria que o cosmo nos propõe sempre nessa época. Por agora, vê-se aqui um copo de vinho a chamar minha cede. Vou largar-me do computador.
Antes que um ponto venha a dar fim, resta-me apenas, com os últimos dedos, desejarvos umas quadras festivas positivas! Menos pedras, mais amor e MAIS AMOR!
Por: AC VAYENDA
*Professor