A leitura é a base primordial para o desenvolvimento intelectual do ser humano, é através da leitura que o ser humano tem acesso a uma grande parte da cultura, facilitando a aprendizagem dum grande acúmulo de conhecimentos que contribuem para a formação de valores da humanidade.
Esta é a via fundamental para que o leitor possa apropriar-se de tudo o que é útil e proveitoso do conhecimento humano nos textos impressos e não só. Assim, o ensino da leitura constitui uma das vias principais para a assimilação da experiência acumulada pela humanidade.
O seu ensino coadjuva o desenvolvimento intelectual e afectivo do estudante, especialmente no campo das línguas, onde não só facilita o acesso ao conhecimento científico -cultural, mas também facilita a aprendizagem em vários ramos do saber.
O processo de ensino de leitura exige, cada vez com maior urgência, o projecto de estratégias didácticas eficazes que partam de uma modelação análoga à complexidade da leitura como actividade, tanto na sua diversificação tipológica como na sua estrutura peculiar.
Porém, ela pode ser executada de várias formas, nomeadamente, em sala de aula, fora de sala de aula, na ausência de docente, por ordem do docente, real por iniciativa do estudante: frontal, individual em voz alta, em coro em voz alta, como também pode estar ligada com o entrosamento social e com a motivação cuidada do leitor.
Assim sendo, para se ensinar a leitura, é fundamental que o docente tenha, em primeiro lugar, o conhecimento da classificação dos tipos de leituras segundo E.Grass (1986:27), nomeadamente:
1. Leitura silenciosa;
2. Leitura oral;
3. Leitura expressiva;
4. Leitura dramatizada;
5. Leitura coral;
6. Leitura criativa;
7. Leitura de pesquisa;
8. Leitura crítica;
9. Leitura de exploração;
10. Leitura cognitiva;
11. Leitura lúdica ou recreio.
– A leitura silenciosa desenvolve as capacidades intelectuais do indivíduo, constitui o meio idóneo de aquisição duma percentagem elevada de conhecimento. – A leitura oral difere da silenciosa na sua forma de manifestar.
– A leitura expressiva contribui para o aperfeiçoamento da dicção e da entoação dos leitores/discentes. – A dramatizada contribui para a formação integral dos alunos, através dela evidenciam-se capacidades conseguidas na leitura oral e expressiva.
Onde cada leitor deve representar as personagens por meio da voz. – Já na leitura criativa, contribui para que os leitores aprendam a escrever por meio dela, ou seja, é nela que se criam novos escritores.
– A leitura de pesquisa, que é a que o leitor realizar para pesquiar qualquer informação específica. Exemplo:a leitura de uma lista telefónica. – A leitura crítica, ou seja, revisão ou trabalho, é a que o leitor realiza para determinar características, ideias, intenções e outros elementos que podem ir desde uma simples revisão para determinar se se lê um texto com maior rigor até às leituras de análise crítica que um crítico literário realiza.
– A leitura de exploração é a que se realiza com objectivo de obter a chave semântica. Em geral, desenvolve – se quando se está pressionando pelo tempo. Leva-se a cabo lendo o primeiro e o último parágrafo em textos curtos.
– A leitura cognitiva ou estudo é a que o leitor realiza com o objectivo de aprofundar o conhecimento da realidade objectiva e, por último, não só lê com a finalidade do conhecimento e para estabelecer relações de trabalho, mas também se lê pelo prazer de ler, como: contos, poemas, novelas e outros de forma a libertar tensões.
Em gesto de conclusão, é de extrema importância que o leitor tenha em atenção estes tipos de leituras para não comprometer o entendimento de um texto enquanto se submeter a sua leitura.
Por: Magalhães Cassule Marques
Bibliografias:
RAMOS, Santos & NARANJO, Ernan (2014).Didáctica da leitura ALVARES, Carlos (2001). Uma introdução ao estudo do texto literário. AMOR, Emília (2006). Didáctica do português.