Já se estava a imaginar, mal rebentou o escândalo de lençóis Stormy Daniels, que Donald Trump iria fazer de homem bombardeando um outro país. Agora a Síria estava a jeito, como o esteve o Iraque em pleno escândalo Monica Lewinsky, no tempo da Administração de Bill Clinton.
POR: José Kaliengue
Como sempre, os parceiros França e Inglaterra alinham, buscando consolidar posições e apanhar alguma coisa. Aliás, a popularidade dos três chefes de Governo anda mal nos seus países. Portanto, nada melhor do que bombardear alguém lá bem longe. Acontece que, olhando para a história recente do Médio Oriente, dá para ver que estes três não aprendem, pelo menos naquilo que são os valores que apregoam, porque na “réellepolitique”, o cinismo continua igualzinho. Mas agora, para os ataques de Sábado, a justificação é mais do que hipócrita: “matem-se, mas não com bomba química. Podem matar-se aos milhares todos os dias, só não gostamos que seja a cloro”, como se houvesse diferença alguma. Morto é morto. O que se deve fazer é parar com a guerra, é deixar de alimentar grupos terroristas e, já agora, passe a redundância, que se pare com as palhaçadas dos chamados capacetes brancos. Já ninguém é assim tão ingénuo para acreditar nessas encenações, tal como só acreditou nas armas de destruição maciça de Saddam Hussein quem quis acreditar, e assim, envolver- se na verdadeira destruição do Iraque.