O futebol angolano alcançou na Côte d’ivoire um grande feito, mesmo antes de terminar a competição por ter conseguido unir os angolanos ávidos de grandes vitórias desportivas.
O país vive uma espécie de estado de graça, onde as preocupações do dia a dia foram temporariamente esquecidas, com o foco apenas na brilhante campanha dos Palancas Negras no CAN.
Independentemente do que possa acontecer no jogo frente a Nigéria, para os quartos de final da prova, os angolanos já identificaram novos heróis para sua história mais recente, como Gelson Dala, Mabululu, Fredy e Neblú que se juntam a outros protagonistas do passado como Akwá, Zé Kalanga e Flávio.
O futebol, estando fortemente presente na vida social dos angolanos, é visto como um fenómeno de massas que ultrapassa o campo de jogo. Neste sentido, a Selecção Nacional funciona como um elemento de união e orgulho nacionais, contribuindo para a identidade nacional dos angolanos.
Os grandes eventos desportivos são encarados como a maior plataforma para as demonstrações de identidade nacional e patriotismo no futebol. Sempre que os Palancas Negras entram em campo o país “pára” literalmente, por cerca de duas horas, período no qual o único pensamento generalizado é a angolanidade e a paixão pelo futebol.
A seleção angolana está assim de regresso aos quartos de final do CAN, onde já esteve em 2008 e 2010, mas com a particularidade de que a presente edição conta com a participação de 24 selecções, contra as 16 das edições anteriores.
Aconteça o que acontecer no jogo frente a Nigéria, os Palancas Negras conseguiram, mais uma vez, unir os angolanos em prol da sua bandeira e identidade nacional. Força Palancas Negras! Força Angola!
Por: LUÍS CAETANO