A música como meio de purificação, efeito cartático, tem sido um palco de criação e recriação lexical da parte dos artistas.
Tratando-se de arte, cada artista procura inculcar a sua forma peculiar aos apreciadores da arte e nisto, DJ Diboba destaca-se pela peculiaridade lexical.
Procura-se, então, analisar a renovação lexical na música Diboba de DJ Diboba feat Varela Ci.
Entretanto, há um tempo em que algumas palavras devem ser abandonadas para darem espaço às outras e escolher outras com as mesmas valências, tal facto ocorre na renovação lexical pelo facto de a língua ser elástica.
Um dos processos morfológicos de formação de palavras que impulsiona a renovação lexical é a derivação.
As palavras derivadas formam-se pelo acrescentamento de um afixo ao radical e no dizer Kutema, no seu livro Os nomes gentílicos de Angola, derivaão é o processo de inovação lexical mais produtivo em português, sendo, ao mesmo tempo, o mais regular.
Este processo de formação permite criar, a partir de uma (palavra) base, novas palavras.
Em dois momentos, durante a animação, DJ Diboba recorre às palavras existentes e acrescentalhe novas unidades lexicais, tais como: Que peito é esse, que está a PEITAR na PEITAÇÃO? Como se vê acima, a palavra peito foi-lhe acrescentado o sufixo verbalizador AR para, então, formar o verbo PEITAR.
Assim sendo, estamos diante derivação por sufixação. Outro caso de renovação lexical em Diboba, assinala-se na palavra schoolação /simulação/ do inglês school para questionar o tipo de formação que alguém fez ou se fez a formação em que escola: Que book é esse, que não terminaste a school? Que SCHOOLAÇÃO é essa? Na derivação existe apenas uma unidade de significado lexical, a base de derivação à qual se junta um ou mais afixos para formar uma nova unidade lexical, pois que permite determinar a categoria da base e prever o significado do derivado a partir dos dois elementos anteriores.
Por: António Kutema