Apresente abordagem visa demonstrar a preocupação de Delero King para com a juventude angolana cujo estilo artístico de inclinação das suas músicas assenta-se, principalmente, no Kuduro.
O Kuduro é, ademais, autóctone, visto como um estilo musical marginal, ou seja, entende-se como género musical dos delinquentes. Ele é típico, nato, próprio de Angola.
A música “Deixa a vida me levar” não deve ser visto na perspectiva de incentivo à vaidade (festas, bebidas, drogas), para Delero King, ela demostra o acordar da própria existência, o sirene dos chips adormecidos, o hoje não pode servir para o amanhã. Diante disso, deve-se, muito antes, viver a vida, ela é uma substância frágil, capaz de se desdobrar facilmente pelo repentino sopro.
O viver, ao ver de Delero King, está, por regra, consubstanciado no desenvolvimento dos seres humanos na relação de festejos que envolve álcool, gasosa, comida, música e afins.
Entretanto, os devaneios da vida impõe-nos às aventuras para aprendermos a viver tudo ou nada, “no nada” encontramos os sentidos que nos levam à profunda distração do que nos acomete—fardos, pedras, tempestade; “no tudo” oferece-nos, igualmente, tudo na base do aproveitamento da própria vida—aventuras, devaneios, festas, bebidas alcoólicas, mas a atenção da vida deve estar voltada ao estopim de realizações (formações académicas, casa, família, carro).
Como afirmarmos anteriormente, a presente abordagem sobre “Deixa a vida me levar” não deve(rá) ser tomado como incentivo às banalidades, isto é, reinar a vida no porto da arruaça.
Outrossim, o gozo da vida é, naturalmente, ao meu ver, na adaptação da música “Deixa a vida me levar”, vivida por dois banquetes: a) Vida subjectiva‐ remonta o individualismo àqueles que seguem itinerário da vida sem muita relevância voltada às realizações, sim ou não. b) Vida Objectiva- remonta um colectivo com perspectivas acérrimas da vida grafada de visão ampla de mundo, voltado às realizações, aventuras e devaneios imposta pela própria vida.
Importa referir, efectivamente, que o Delero King traz, na sua música, um sirene para acordar a sociedade sobre a vida de que ela não se resume às realizações (Formações académicas), mas é engolir as circunstâncias do parto dos dias—manhã, tarde, noite.
Ademais, Delero King levanta, na sua música, realizações, gozo, aventuras, estas devem ser prioridades, depois a vida pode levar o homem. Destarte, enfatiza ser filho do processo, hoje por hoje, depois da tempestade que passou, nenhum sereno pode molhá-lo.
Beba, namore, estude, embora buscar conciliar os três aspectos não são para todos, após término dos três aspectos, a vida pode levar-te à vontade.
Reforço, “Deixa a vida me levar” não é contextualizado no desvirtuar da vida na perspectiva de banalidades exageradas porquanto as realizações e fazer futuro devem estar concatenados na base de TER. Antes que se arrume às papeladas, convoco o Khilson Khalunga, meu amigo, para dar derradeiro ao texto: — A vida adulta é ilusão dos homens.
Por: Vânio Mwandumba