Terminou a primeira etapa do Girabola 2023/2024, depois de catorze jornadas disputadas, num campeonato com número ímpar de equipas participantes.
Mesmo sendo a única equipa invicta na prova, com 10 vitórias, 4 empates e nenhuma derrota, o Petro não fez um passeio de salto alto.
Os “embaixadores do leste”, Desportivo da Lunda Sul, com a melhor defesa com apenas quatro golos sofridos, e o Sagrada Esperança da Lunda Norte, foram os adversários que mais luta deram ao campeão nacional, justificando o segundo e o terceiro lugar na classificação da primeira volta.
O Petro a fazer uma campanha de sonho na Liga dos Campeões africanos, onde também está invicto, não tem tido a mesma dinâmica e intensidade competitiva no Girabola. Uma situação em minha opinião compreensível, já que o “chip” dos jogadores está virado para a competição continental.
Os “tricolores”, que somam 17 troféus na prova, marcaram 24 golos e consentiram apenas seis na primeira volta desta 45ª edição do Girabola.
Realço como as grandes decepções do campeonato, até agora, o 1* de Agosto e o Interclube que deveriam ter feito mais e melhor.
Os militares, crônicos candidatos, continuam a combater em águas turvas, com percalços e erros no capitulo competitivo e organizativo.
A equipa até tem alguns jogadores talentosos mas só isso não tem chegado para o técnico Filipe Nzanza justificar com todos os dentes as verdades escondidas no balneário militar.
O Interclube, que até já trocou de treinador , não tem conseguido acertar o passo e hoje qualquer adversário modesto vai conquistar pontos no então respeitável 22 de Junho.
Que as coisas não estão bem no Rocha Pinto, já ninguém duvida, difícil tem sido encontrar a cura para a enfermidade que paira no seio dos polícias.
O Kabuscorp prometeu bastante no início da competição, mas, como tenho dito, não é como se começa e sim como se termina. Zeca Amaral até profetizou na altura que aquele lugar, o primeiro, tinha dono.
Entretanto, o Presidente Bento Kangamba continua optimista na pretensão de fazer história no presente Girabola. De coitadinho no Girabola, continua o Sporting de Cabinda que para mim já é um caso de polícia.
Os Leões do Norte tem ou não condições financeiras para disputar o Girabola? Uma questão que a FAF deveria vir a terreiro responder, correndo o risco senão o fizer de ser a grande culpada deste imbróglio competitivo do campeonato.
Que a segunda volta traga mais emoções aos adeptos do futebol nacional e que as outras equipas participantes, como o Recreativo do Libolo, Wiliete de Benguela, Desportivo da Huíla, FC Bravos do Maquis do Moxico, São Salvador do Zaire, Académica do Lobito, Santa Rita de Cássia do Uíge e União de Malanje, melhorem a sua prestação permitindo um maior equilíbrio competitivo no Girabola.
Por: LUÍS CAETANO