O futebol de formação desempenha um papel fundamental na descoberta e no desenvolvimento de novos talentos, moldando não apenas jogadores habilidosos, mas também jovens resilientes e disciplinados.
Foi precisamente com atletas destas características que Angola voltou a conquistar, vinte anos depois, a Taça Cosafa, com a particularidade que grande parte deles joga em clubes estrangeiros.
Os clubes investem cada vez mais nas categorias de base, buscando identificar e formar jogadores talentosos que possam integrar as suas equipas principais, tais como as selecções nacionais, que fazem ascender com naturalidade os atletas melhor preparados para as equipas de honras.
Ainda na ressaca da estrondosa vitória na Cosafa, acredito que o técnico nacional descobriu uma verdadeira “Mina de talentos”, que poderá ser o viveiro para atacar as várias frentes do futebol angolano, como a fase de qualificação ao Mundial 2026 e ao CAN 2025.
Estes atletas precisaram mais do que uma boa técnica e ambição para atingir o sucesso no futebol, tiveram que adquirir inteligência de jogo, condição física e a mentalidade correcta. Jogadores como Maestro, Keliano, Vidinho e Depú demonstraram características técnicas, como a de receber passes no solo e no ar com primeiros toques limpos, mantendo a bola junto ao corpo.
O controlo da bola também define a capacidade de um jogador manter a posse da bola, protegendo-a com êxito dos adversários.
Estas características não são obras do acaso, são trabalhadas nos seus clubes. Durante a competição, pude constatar que jogadores, como Pedro Bondo e Hossi, davam profundidade ao jogo ofensivo dos Palancas Negras, devido às suas capacidades de drible, fazendo mover a bola em diferentes direcções e a diferentes velocidades, com ambos os pés.
Desta forma, foi possível os laterais angolanos passarem com êxito pelos adversários sem perder a posse da bola. No futebol moderno, uma excelente capacidade de drible é essencial para o sucesso de jogadores de todas as posições.
Ao técnico Pedro Gonçalves, peço que não se iniba, lance para a equipa principal estes talentosos atletas, que certamente saberão representar condignamente a Equipa Nacional “A”.
Por: Luís Caetano