Como se sabe, Angola tem a particularidade de ser dos países mais noticiados do mundo. Estivemos sempre na agenda dos media, por razões algumas vezes boas e noutras vezes más. Praticamente desde 1961 que o mundo vem sabendo de nós.
Por: José kaliengue
O 4 de Fevereiro, a guerra colonial, a diplomacia independentista na OUA e na ONU, etc.. Depois veio a guerra civil, os vários acordos, a corrupção e agora o momento de corrigir o que está mal. Seja por que motivo for, quando lá fora dizemos que somos angolanos as pessoas têm uma referência, ainda que das piores.
Há dias, em conversa com um cidadão chinês que vive em Luanda, ele perguntou-me se eu não achava que João Lourenço está a ir demasiado depressa. Eu disse-lhe que não.
Disselhe que se ele não arrumar a “sua” casa da governação até ao início de 2018, terá perdido tempo, porque bem cedo o povo que agora aplaude as exonerações vai lembrar-se da barriga, do emprego, dos salários baixos e vai começar a cobrar. Portanto, para resolver tudo isso, o tempo impõe medidas imediatas.
O meu amigo chinês, então, saiu-se com uma que pareceu um provérbio. “Vamos ver”, disse ele, “governa-se um país com duas mãos, uma mão com o povo e a outra com o poder”. É isto que estou a procurar perceber se está a acontecer em Angola.