Nem tudo a vida nos permite fazer, há sempre um grande conjunto de coisas proibidas, com Alves, um Simões não será, não é certamente diferente. Para melhor perceber o que Alves Simões está proibido de comer ou beber venenos, será necessário mirar para o que terá “assassinado” o seu antecessor, o King Artur de Almeida e Silva.
Talvez não seja oportuno trazer aqui e agora, certamente o farei em outro momento, os benefícios da presidência “Arturista”, porque pretendo olhar para o seu sucessor, interessa falar de aspectos, venenos, que o terão feito mal e serão em parte as proibições para quem agora chega ao Poder.
Sem qualquer receio, posso afirmar que, por altura da entrada de Artur, no primeiro mandato, acreditei como muitos que seria uma grande oportunidade para que um indivíduo estranho à grande elite pudesse governar e mostrar que a origem, humilde, das pessoas não impede a realização de boas obras.
Ter olhado para fora de Angola como o maior campo de batalha, a conquista da COSAFA, CAF e FIFA foi dos maiores erros, não ter a capacidade de comunicar sem vaidade, não ouvir quem de facto vive o futebol, prometer e deixar de cumprir, pretender manter o Girabola nos mesmos moldes, se apegar ao dinheiro sem justificar “coerentemente” os gastos, crer nos resultados dos ou das Palancas Negras, como sendo o futebol, essas sobretudo foram as causas do descalabro.
Alves Simões, antes de tudo, deve olhar para o parágrafo anterior e interiorizar parte dos venenos, os outros podem estar associado aos erros cometidos aquando das passagens pelo 1.° de Agosto, Interclube e na própria FAF, onde agora regressa como presidente.
O novo homem forte do edifício do Nova Vida, se quiser se manter firme, deve partilhar as decisões alargando a base dos que opinam, colocar actos com cheiro e cor de arrogância fora do órgão, ter no uso do dinheiro um cuidado especial, comunicar melhor, ter na imprensa um verdadeiro parceiro e desenvolver projectos que tragam qualidade em todas as vertentes.
Sublinho, usar o dinheiro com responsabilidade, transparência, dando o necessário apoio aos clubes não interessando quais, fortalecer a actividade dos núcleos e, claro, valorizar o futebol nas comunidades.
Também deve ter como venenos alterar o positivo que encontrar, apagar da história os bons feitos de Artur ou outros ex-presidentes, assumir o (…) “já cheguei e aqui mando eu os meus poucos soldados de elite”. São alguns aspectos, venenos, apontados à derrota de Artur e que podem “assassinar” prematuramente Alves, aos quais junto outras proibições essenciais para poder governar com menos tribulações.
Por: George Falcão