Hoje, felizmente, com o avanço das tecnologias, há informações em todo lado e, sem medo de errar, os professores conhecem essa realidade. Por exemplo, os alunos conseguem, com muita facilidade, ter informações actualizadas sem precisar sair de casa, no sofá, tomando um chá e comendo o seu pão com manteiga.
No entanto, atendendo a facilidade da busca de conhecimento que os alunos possuem hoje, talvez façamos a seguinte pergunta: qual deve ser o papel do professor? Obviamente, o professor não deve ser o senhor que só despeja a matéria, parecendo que só está depositando, os famosos “professores depósitos”.
Infelizmente, professores com essas características, os que só “ditam” a matéria até encher cinco folhas de caderno, contribuem negativamente no desinteresse dos alunos. Talvez, sejamos realistas, uma das causas do fenômeno mata-aulas seja essa. Os alunos não merecem ter professores que tenham essas características, já basta o sol terrível fruto do aquecimento mundial.
A pergunta insiste, que tipo de professores nós queremos? Claudino Piletti, no seu livro Didática Geral, página 90, responde o seguinte: “… o mais importante não é dar ao aluno um grande volume de informações…; outro aspecto que deve ser considerado é o tipo de conteúdo, ou seja, o que é mais importante que o aluno conheça…”
O professor Piletti está coberto de razão quando, em síntese, menciona que o mais importante não é dar ao aluno um grande volume de informações, porque ele pode ter essas informações a partir de casa; o professor deve ensinar o essencial. Logo, na planificação o professor deve fazer a seguinte pergunta: O que os alunos precisam aprender nessa aula?.
Se o professor souber seleccionar os conteúdos, felizmente, ele terá tempo suficiente de poder trabalhar outros aspectos dentro da sala, como atitudes e valores. Uma aula sem aplicabilidade é, sem dúvida, um conjunto de informações inúteis, não ajudam no desenvolvimento integral do aluno.
Todavia, quando encontramos professores que se preocupam em construir o conhecimento de uma forma eficaz, obviamente, nós elogiamos.
Há muitos comprometidos com o processo de ensino e, quando estão em acção, fazem-no com esmero e delicadeza. Aos professores que ensinam o essencial, motivam os seus alunos, entendem às suas preocupações e ansiedades, utilizam métodos activos e práticos, aproveitam bem as tecnologias e transformam a sala de aulas num espaço de aprendizagem inclusiva, queremos agradecer pelos vossos esforços. Com certeza, vocês são os professores que queremos.
Portanto, temos de reconhecer que o crescimento dos alunos não depende só dos professores, mas de todos, por isso é que existe a famosa comunidade educativa, que é o conjunto de pessoas que participam do processo de ensino e aprendizagem directa ou indirectamente.
Por: LUTINA SANTOS AFONSO