Autor: Sampaio Herculano – Finalista em História pela FCS da Universidade Angostinho Neto. De uma verdade não podemos fugir: África já foi colonizada. Não se trata de uma história escrita ou de alguma certa lenda fictícia, outrossim, foram séculos inteiros passados sobre cunho deste jugo europeu.
Não se trata apenas de um país ou de um mero indivíduo, mas sim de um todo representado de portugueses, holandeses, ingleses franceses dinamarqueses, só pra citar alguns, que decideram há certa altura, por cunho político, económico e religioso, penetrar o interior do contenente negro com recurso a força e acordos desiguais, matando e enganando, apropriandose dos seus bens, e como se não isso já bastasse, fizeram-se feudais das terras alheias tornando-se os ditos donos, fazendo assim dos autoctenes meros serviçais.
Diante disso, vê-se que, paradoxalmente, em plena em época de paz, em época de alcanse da soberania política dos africanos, no climax da independência dos Estados negros, que ainda existam pessoas que afirmam: “a colonização verdadeiramente teve o seu lado bom”, e outros ainda vão mais longe, dizendo convictamente e com tenaz determinação: “no tempo do colono era muito melhor.
Viviáos muito melhor.” Para começo, precisamos considerar que na visão de Luís Carlos, quando falamos de colonização, falamos precisamente de um “sistema através do qual um povo se faz dono de outro povo”, e de um fenómo que na visão de Boubakar Keita constitui o mais cruel, dispersível e mais malicioso que existe.”
No caso de África, a colonização é reflexo de um cenário de segregação, descriminação, exploração de menores, aduso das mulheres, impunidade ao homem branco, mesquianez do homem negro, e como se não bastasse, exploração desenfreiada de recursos naturais preciosíssmos para a manutenção dos interesse das metrópoles.
“Mas eles não fizeram só coisas erradas, pois que com isso, vieram também as estradas e hospitais, dizem alguns.” Ora bem, consideremos que o não se trata de não ter havido algumas coisas consideradas proveitosas durante a colonização, mais de que, com isso e por causa disso sonente, rotular o fenómeno como não sendo tão mau asim.
Ora lembremos que, é fruto da segenda guerra mundial que surgiu a ONU, é fruto de maltrados que surgiram os direitos da mulher, fruto da escratura que surge a Declaração Universal dos Direitos Humanos, fruto do genocídio semita na alemanha que surgiram políticas internacionais que sugerem liberdade religiosa e respeito a culturas diferentes, como judíaca, por exemplo.
Contudo, não é pelo fato de que o genocídio semita na alemanha gerar iniciativas que propestem a tolerância cultural que direzemos que isto tenha um lado bom.
Não será pelo facto de a guerra mundial contribuir para a criação da ONU que teremos que afirmar que a guerra tem vantagens, não seria pelo facto de que a escravatura promoveu os ideiais para posterior criação da declaração dos direitos humanos que tenhámos que afirmar que a escratura não seja assim tão ruim.
Portanto, não podemos nunca pensar que pelo facto de que com a colonização vierem as estradas em Angola, caminho de ferro e hospitais que isso seja facto para rotula-la como ligeiramente boa.
Pois que Etiópia não precisou disso para construir estradas e nem tal qual nem todos os países europeus precisam do feudalismo para conhecerem a industrialização.
Com ou sem a colonização, Angola e a África de modo geral conheceriam todo o pontencial tecnológico, estradas e hospitais, tal como foi possível para Aboubakari II conhecer navegar para a África sem recurso a um navio sofisticado.
A coloziação implicou ter a maioria dos angolanos (mais de 70%) sem nunca terem o direito de frequentar as escola, com ela vieram a cobrança de impostos injustosos, onde só quem tivesse cor branca era livre das cobranças, vieiram o trabalho forçado a homens e mulheres, sem direito a salário como tal e comida as remessas, vieram os esturpos de mulheres, crianças e adolescentes apropriadas de qualquer jeito esfrio pelos senhores brancos, vieram proibições sobre as manifestações culturais nativas, e vieram os decretos de que só podia ter direito a trabalho quem fosse branco ou fosse negro assimilado.
E como se poderia esperar, nem todos, tinham o dom de considerar os branços superiors a si, nem todos tinham a habilidade de se sujeitar aos maltratos em busca dos favores do colono, nem todos tinham a até mesmo acesso a cidadania, sendo por isso estrangueiro, mais do que o branco europeu, embora vivendo em sua própria terra.
Portanto não pode haver vantagem nenhuma nessa cruel experiência que até hoje, ainda tentamos superar. Claro que durante a colonização aconteceram algumas coisas ligeiramente progressivas, todavia, nas palavras de Maria de Conceição Neto (2024), “estas coisas não aconteceram por causa da colonização, mas sim apesar da colonização.
Não graças a ela, mas sim até mesmo em meio a ela.” Não existe lado bom na colonização no mesmo sentido em que não pode haver decididamente balgum bem no esturpo e genocídio.
Por: Sampaio Herculano
Finalista em História pela FCS da Universidade Angostinho Neto