Custa-me acreditar que estou a viver na geração de só queremos ver o prato cheio de comida. Lamento! Quando se chega ao extremo, o p’ovo perdeu o controlo.
Não que se desconhece as razões de não a ver pelo menos o básico que é, se não mesmo, o principal motivo da morte do moral evidenciado no prato. Há um tempo que não me encontro, não me recordo da infância que tenho no breve viver do subúrbio que me esconde. Aqui a vida passou a ser uma ilusão, inclusive a busca pelo pão na era das grandes manifestações do “EU”.
Eu caminhava de grau em grão sempre que me via no topo enquanto pequeno, passava na Boa Vista e avistava-me bem num futuro próximo, mas, no fundo, era uma ilusão, ou seja, uma psicose bem percebida no diagnosticar de um psicólogo! A pátria partiu com os destinos o dente das nossas crianças, partiu desde então, desde cedo, desde o caminho que se fez um nó.
Em nós está o nosso asilo, talvez fora, talvez quando a loucura ultrapassa o porquê das maravilhas que nos são as 7 chaves fechadas às portas do nosso abrigo. As crianças perderam o peso, perderam o corpo no caminho que os oscila no ventre com o sabor da amargura. Só pensam no pão. Cadê o pão? A vida cara casa connosco, acasala com quem teme pela vida e perde o caminho das grandes conquistas.
O poder é céu de quem vê arco-íris! Não consigo perceber certas coisas, se puder lavrar a minha mente e eternizar a lápide nesta hora, obviamente sentiria a sensação de esgotamento, como a região sul morre em si de forma despercebida. Não há vida que me possa sentir se não mesmo a morte encontrada em todos os sentidos. Desde cedo aprendemos a contar o grão com os dedos.
Os dados não mentem, mentem a forma de como usam-na na forma de desenvolver uma linda e rica… O tempo é indefeso, é indiferente pensar “só” quando a fome é vista na normalidade.
A idade passa, mas as gerações nem tanto. Ficam firmes e agasalhados com a tamanha ilusão e a crença de ver o amanhã retido num vazio! Pronto, vou-me levantar deste sonho e acreditar mais no amanhã como algo real, embora seja difícil porque quem me deve enquanto criança não chega perto de mim.
Quem se vê cá (v) e olha bem neste lugar sabe como vivemos em um abrigo faminto com o desejo em formato de desenho no prato. Tudo vira nele, se não mesmo uma perfeição no ponto de uma partida.
Parto-me em uma nascente, em uma foz na boca entre a vida e o mar que rio bem debaixo do sol quando a quitandeira D’Angola sente. O brilha fascinante no semblante faz morada, faz tudo, faz sentir nela um livro aberto e a manifestação de se encontrar num futuro próximo. Dizem que o limite é os céus, seu poder que ilumine também aqui, e que a luz seja sentida no corpo dos grandes homens.
A pátria clama com os filhos adentro, e um aviso amarelo transcende as escrituras dos grandes segredos. O belo e rico sorriso adormece no rosto encontrado entre as costas com as lágrimas de brio. Nesta hora, ficam os porquês resgatados no silêncio das grandes vozes, e a verdade vinde a todos com afeição e um facto contundente!…
Por: N’Dom Calumbombo