Espero Não ser único a dizer o mundo fora ser um caos. É um rio ou tal vez uma estrada que leva(m) almas da gente. É também um céu-aberto que arranca as incúrias dos homens. É portanto nessa simbiose que há o paradoxo.
Esse fora é algures. Se não for mar, é um lugar onde os escritores reúnem para discutirem o território e trazer questões que promovam o humanismo.
É lugar onde os políticos decidem promover a fome. Esse lugar é hospital é cemitério é táxi. É esse lugar que torna pessoas velhas.
É também no bar (;) E no bar me encontro com os olhos acesos a ver os homens a minusculizar suas consciências. As mulheres que vejo não têm rostos nem corpos que desenraízam atenção de qual quer que fosse um cunador.
Mulheres cá regam rabos minúsculos e sem estética alguma. Corpos sem harmonia. Também não disse que têm que engordar as nádegas.
Alguém pode exibir sua opinião quanto a isso, dizer, por exemplo, a zona sul da mulher ser a mais relevante do cosmo. Cada peça acentua a outra.
Nada é menos importante. Nádegas podem servir para as «várzeas» delíricas, a título de lucidez. Desculpe-me fazer agora pegar o dicionário.
Várzea é outro sinónimo de «chapadas» (;) Volto os olhos ao lugar, retiro da mochila Água tão Lusa, preciso ouvir as palavras que os capítulos do «A vida no Céu» me querem dizer. Pouso auriculares para ignorar o pouco do som que barulha o local. As moças entram-me olhando estranho.
Leio seus olhos. Olham-me pessoa séria. Entenderam mal a seriedade também. Sou sério, o país pede-me isso. Sou sério, menos o vosso pai, por isso este espaço não mais sobrar respeito.
Todos neste sítio buscam maquiar a vida, enquanto eu e Água caminhamos para o céu adiantar vi Ver (;) No céu, claro, estamos bem.
Não temos – a título de ilustração – ainda esse problema de pousar as fezes nos sacos ou esperar que os «acs» façam milagre de encher as bacias para um duche porque há anos que as torneiras negam surdir água.
Aqui se pode esperar tudo. Esse é ainda o problema das vossas centralidades a metamorfosearem-se num cunene. Se nada estivermos aqui a jogar ofensas a alguém, que se questione: Eles também estão a cagar nos sacos (?) Acabo de regressar do céu, a culpa esteja no garçon que se desculpou para me informar que já não havia as colas.
Peço outra bebida. Fecho o livro. Volto a jogar os olhos às mulheres que não me param de provocar o corpo com suas danças quadradinhas.
Agora que alguém bate repetidamente a porta, desperto-me do sono, no sonho. Percebo estar atrasado, o táxi que me tira do «Golf tão II» para o bairro tão «Zango III», nas segundas, é mesmo aquilo que o sagrado livro clara ser o inferno.
Mas preciso ir, preciso educar o pouco que são do país, por isso saí do texto para me arrumar. Antes, agradeci a pessoa. É disso que o mundo precisa.
Por: AC Vayenda