Antes de tudo, deve-se perceber que os pronomes pessoais, classicamente, são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: “ a que fala”, “a com quem se fala” e a “ de quem se fala”. Certos autores como Bechara preferem dizer que os pronomes designam as duas pessoais do discurso (eu, tu) e a não pessoa, isto é, a 3ª pessoa.
Geralmente, os professores de português, quando estão a ensinar os pronomes pessoais aos seus estudantes, limitam-se, apenas, em pronomes tónicos-caso niminativo, isto é, aqueles que desempenham a função sintática de sujeito (“ Eu, tu, ele(a), nós, vós, ele (s) /ela (s).
Esquecem-se, completamente, de ensinar as outras formas, nomeadamente: forma átona- caso acusativo- complemento directo (me, te, o/a, se, nos, vos, os/as se); caso dativo- complemento indirecto (me, te, lhe, nos, vos, lhes) e outras formas tónicascaso oblíquo- complemento oblíquo (mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, nós, connosco, vós, convosco, si, eles/elas, consigo); caso oblíquo- complemento agente da passiva (mim, ti, si, ele/ela, nós, vós, si, eles/elas).
Desta maneira, os estudantes entendem fracamente os pronomes pessoais e em caso de análise sintática na frase ou, ainda, em casos de pronominalização, eles não conseguem apresentar Quando o estudante não aprende desta maneira, logicamente apresentará variados problemas sobre o uso dos pronomes pessoais.
Por exemplo, o uso do pronome pessoal tónico caso oblíquo em vez de caso nominativo quando este é antecedido de uma preposição “para”: para “ mim” fazer que, deveras, seria para “eu” fazer; Erros de pronominalização: Ontem vi ela a passar em vez de ontem vi-”a” passar , pois se trata de caso acusativo (complemento directo) , e , de facto, deve-se utilizar as suas formas acima apresentadas; A confusão do complemento indirecto com o complemento directo: dei-o o pão em vez de dei- ”lhe” o pão, uma vez que se trata de caso dativo ( complemento indirecto), pois o verbo é bitransitivo ( necssita de complemento directo e indirecto).
Entretanto, para mitigar estes problemas, é imprescindível os professores ensinarem com maior lucidez que os pronomes pessoais, para além das formas habituais, isto é, os pronomes retos “eu”, “tu”, “ele/a”, “nós”, “vós”, “eles/ elas”; existem outras que desempenham a função sintática de complemento direto (me, te, se, o/a, os/as, nos, vos, se), complemento indirecto (me, te, lhe, nos, vós, lhes); complemento oblíquo (mim, comigo, ti, contigo, si, ele/ ela, consigo, nós, connosco, vós, convosco, si, eles/elas, consigo) e complemento agente da passiva (mim, ti, si, ele/ela, nós, vós, si, eles/elas).
Alberto Augusto Baptista
Professor e estudante Universitário