A Selecção Nacional de futsal defronta nesta Sextafeira, 19 de Abril, a congénere do Egipto, Tricampeã continental, nas meias-finais da 7ª edição da Taça Africana das Nações em Futsal, que decorre em Rabat, Marrocos.
Esta campanha de sucesso dos nossos bravos rapazes contrasta com a atenção e o apoio que a modalidade tem merecido entre nós. Sempre achei que a falta de maior reconhecimento do Futsal, entre nós, tem a ver com a gênese da sua criação e massificação pelo mundo, devido a acirrada disputa de tutela entre a Fafusa e a poderosa FIFA que acabou por levar para si a gestão da modalidade.
O actual seleccionador nacional, o técnico português, Marcos Antunes, é um dos principais percursores do actual momento da modalidade em Angola.
Muitas vezes desamparado por quem deveria “bater portas”, Marcos Antunes tem sido incansável na divulgação da mensagem da “grandeza” da modalidade e dos atletas angolanos, mesmo com a ausência de competição interna regular.
O grupo de jovens jogadores da equipa nacional dá confiança para a conquista de uma classificação histórica neste CAN e garantias para um futuro risonho da modalidade no panorama internacional.
Tal como acontece em outras paragens, os principais clubes da nossa praça nacional, primordialmente aqueles que praticam o futebol, deveriam ser os impulsionadores do Futsal.
Porquê que o Petro, 1º de Agosto, Sagrada Esperança e o Interclube não apostam no Futsal? Em Angola, a modalidade é praticada por clubes de segundo plano ou por empresas públicas e privadas com grupos desportivos institucionalizados. Para o bem da modalidade e daqueles que apostam no seu desenvolvimento e desempenho competitivo, é importante inverter o quadro actual.
Quem treme é folha, mesmo antevendo um desafio de tamanha dificuldade para a equipa nacional, a julgar pelo potencial do Egipto, que chega ao jogo com estatuto de melhor selecção de futsal do continente, Angola pode deixar a sua marca na competição, melhorando o terceiro lugar do CAN de 2020 e carimbar o passe para o próximo campeonato do mundo da modalidade.
Por: LUÍS CAETANO