Produzido no Parque Industrial da Sino-Ord, na região do Dande, no Bengo, mensalmente são transportados mais de 70 contentores de 40 pés aos dois países vizinhos.
Com um investimento inicial de USD 50 milhões, a cerâmica da empresa chinesa já é a maior produtora da África Austral.
O administrador da empresa, Guo Xueqiang, diz que a Namíbia e Zâmbia serão os próximos destinos do produto angolano
A funcionar desde 2018, a fábrica de azulejos e mosaicos da SinoOrd está implantada num espaço de 11 mil metros quadrados (m2) e produz diariamente 38.000 m2/dia de mosaicos e 40.000m2 de azulejos de diferentes tipos.
Apesar de ser a única do país, o seu administrador, Guo Xueqiang, diz que a fábrica responde as necessidades das 18 províncias do país e, com o aumento da produção, a empresa virou-se também para a exportação, particularmente para a República Democrática do Congo (RDC) e a República do Congo (Brazzaville).
Para a RDC, a Sino-Ord exporta mensalmente 50 contentores de 40 pés, já para o Congo Brazzaville o volume de exportação chega aos 25 contentores.
A exportação para os dois países começou em 2020, e, segundo Guo Xueqiang, a empresa que dirige já está de olhos no mercado da Namíbia e Zâmbia.
“Nós pretendemos exportar mais os nossos produtos, porque o mercado angolano ainda não tem capacidade de absorver todo o material.
O volume de produção da nossa fábrica é grande”, afirmou Guo Xueqiang.
O gestor comercial da empresa, Carlos Liu, afirma que os produtos da Sino-Ord estão hoje em quase todas as lojas de material de construção civil de Brazzaville e Kinshasa (RDC), sendo muito procurado pela qualidade que apresenta.
A Sino-Ord é a maior fábrica de mosaicos e azulejos de Angola, sendo também a maior produtora da Região Austral de África.
O azulejo e mosaico fabricado na cerâmica do Dande tem 85% das matérias obtidas localmente, incluindo a terra e alguns minérios.
Entretanto, a empresa chinesa queixa-se das condições das estradas, por ser uma das infra-estruturas essenciais para o desenvolvimento da sua actividade, o que para Sino-Ord tem afectado o fornecimento de bens provenientes de outras partes do país. Como exemplo, aponta a estrada que saí da capital do país para o Dande, onde está o seu parque industrial.
Instalada numa área de 400 hectares de onde só 30% está ocupada, além da fábrica de cerâmica, a SinoOrd, tem também no mesmo espaço mais quatro fábricas, nomeadamente a de caixa de cartão, fábrica de rolos de papelão, fábrica de fritas de esmalte e a empresa logística, fazendo deste jeito uma cadeia comercial funcional.
1.500 postos de empregos
Actualmente, as cinco fábricas chinesas empregam um total de 1.500 trabalhadores, dos quais 100 chineses e 1.400 são angolanos.
Entre os angolanos está Arsénio Filipe, de 28 anos, que, inicialmente, participou da montagem da fábrica na área da construção civil e depois de terminado foi incluído na cerâmica, sendo hoje um dos supervisores da área da produção de mosaicos.
Desde a sua entrada, diz ter aprendido muita coisa que só via e ouvia pelos meios de comunicação social.
“Hoje em dia já consigo notar a qualidade do mosaico e medir a sua esquadria”, disse: Guo Xueqiang, Administrador da Sino-Ord