Minas Gerais é o estado brasileiro com mais potêncial de encontro com Portugal. São os mais próximos de nós nas tradições, mas são ainda mais parecisos connosco na forma de ser. Talvez por isso apostem na capital portuguesa como a sua montra internacional mais importante.
Poucas coisas dão mais prazer a um colunista que ver a realidade confirmar um prognóstico anterior. E isso ainda é melhor quando eram poucos a acreditar nisso.
Prova do que se fala, temos uma estreia mundial pela primeira vez, um dos estados brasileiros mais próximos de Portugal, Minas Gerais, tem um pavilhão próprio na Bolsa de Turismo de Lisboa.
Exemplo dessa “contra-colonização” em curso, as Gerais desembarcam em Lisboa para mostrar aos europeus a partir da sua identidade, cultura, gastronomia, natureza e património que a “Liberdade mora em Minas” e é obrigatório visitá-la.
Para cumprir esse desígnio, os responsáveis mineiros esperam receber 45 mil visitantes em menos de semana até ao próximo dia 5 de Março.
É verdade que muitos deles serão mineiros que hoje já vivem em Portugal e aproveitarão para matar as saudades, comer pão de queijo e beber café coado, mas muitos outros serão profissionais de topo do turismo internacional procurando os produtos inovadores de um dos mais belos lugares do mundo.
E muita atenção, que estes mineiros já não são de comer quieto.
Eles também sabem falar alto.
Os resposáveis afirmam que este investimento em Portugal serve para se reafirmarem como um potente destino turístico e reforçar a terra de Luis de Camões e Fernando Pessoa como o mais importante parceiro túristico de Minas Gerais.
Com a razão que resulta da evidência, Milena Pedrosa, a secretária de Cultura e Turismo mineira, aponta a cultura, costumes, religiosidade e, principalmente a qualidade das pessoas de lá e de cá como razões para o inevitável sucesso.
Diz um estudo turístico do Observatório do Turismo de Minas Gerais incidindo sobre a variável “procura” afirma que Portugal é o 2º maior emissor de turistas para o estado de Pelé, Drummond de Andrade e Guimarães Rosa.
Mas nem só de cultura se alimenta o trem que traz Minas a Portugal, porque o combóio português também aposta na viagem de volta.
Exemplo, a rede hoteleira Vila Galé, que em breve abrirá dois hoteis lá, em Minas Gerais, onde se celebra sempre a liberdade, mesmo que tardia.
Por: JOSÉ MANUEL DIOGO