Os dias calçam as noites de vestígios de guerras. Guerras de palavras rompem mil silêncios de fome e a sede poisa feito voo interrompido pelos ventos que anunciam chuvas de comida que já se faz hino na língua da multidão.
Mas os intelectuais, os artistas, os artífices da palavra cosida, tossem devaneios enquanto os fantasmas da miséria trepam a bandeira da liberdade.
Pronto, já não se fazem intelectuais e artistas como antigamente! Daí que, erguem-se ruinas pinceladas por falácias. Hoje, há um mar de vaidade entre dos dedos dos artistas e a racionalidade dos que nada sabem.
Há escritos que resultam da genialidade disfuncionalista. Hoje, há cebolas no lugar do cérebro e caranguejos no lugar da alma.
Por isso, que ninguém sai do balde da pobreza construída com a dor dos jumentos. Há tempo para tudo, menos para verdadeira intelectualidade ao serviço da comunidade.
Pronto, já não se fazem artistas como antigamente! Então, meto-me a filosofar mais uma vez com os botões das mil lâmpadas fundidas que sonham ilhas de inquietações. Leiome.
Leio as mesmas narrativas discursivas sobre as esperanças que só existem nas cartolinas palacianas. E ainda assim, há um desfile de mediocrização artística e da suposta intelectualidade em nome do saco azul acompanhado de barbantismo.
Pronto, já não se fazem intelectuais e artistas como antigamente! Ainda assim, por mais que as abelhas mordam os lábios silenciosos das estrelas os artistas e os intelectuais só enxergam o paraíso que vive no inferno.
Por mais que o salalé adormeça na boca da esteira da criança, os intelectuais e os artistas só sentem as mil doçuras de dias que habitam em imaginários engravatados. Talvez seja por acaso, mas não.
Por isso que, os cantos das mulheres filosofam. Suas vozes entoam choros acorrentados de homens que se venderam e venderam o percurso de milhares de passos.
Então, oiço o tilintar de palmas que ecoam mares de agonia e soluços que mordem mil noites em busca de palmos que acalentam uma vida de devaneios, de equívocos, de loucuras e sarnas espirituais.
E acendem-se cavernas ideológicas, prosperam cogumelos políticos e uma série de teologia de comércio, mas o intelectuais e os artistas que são artífices da conscientização dançam futilidades em festas cegas enquanto barro come os olhos dos sonhos.
Da pouca sanidade que resta, os intelectuais e os artistas foram costurados que nasceram ao monte bilhões de células parasitárias.
E o pior também são as lentes fuscas que vestem os anseios dos ditos produzidos por latas de sardinhas e por sol de carvão. Pronto, já não se fazem intelectuais e artistas como antigamente!
Por: HAMILTON ARTES