Absolutamente execrável. É o que se pode dizer daquilo que se ouve de uma gravação de uma alegada conversa entre o antigo comandante da Polícia de Trânsito no Lobito e um familiar da menina de quem é acusado de ter abusado sexualmente.
POR: José Kaliengue
Não conheço ninguém desta história, mas gente do Lobito e da Polícia afirma tratar-se da voz do comandante. Num determinado momento, ele, a tentar persuadir a família a retirar a queixam, porque estava a ver a sua vida em maus lençóis, diz que o mal não se paga com o mal. Reconhece que agiu mal, mas “o mal já está feito”, diz. E, portanto, que não se lhe estragassem a vida por causa de um mal que já estava feito. Ele errou num pormenor, como errou em toda esta história, é que justiça não é mal. Levar o seu crime à justiça não é pagar com o mal a violação de uma menina de 13 anos. Se bem que para uma boa parte da sociedade, ele merecesse mesmo que o seu namorado fosse pago com outro mal. E aí é que o comandante iria ver como o mal aos outros dói.