Desculpem, mas eu hoje estou fino. Deu-me uma vontade de fazer de pateta como os outros e comunicar introduzindo termos em inglês. Francês não, isso pode associar-me aos congoleses. Em inglês toda a gente percebe que andei ou por Londres, ou pelos Estados Unidos da América.
Por: José Kaliengue
Pena, se não fôssemos vizinhos do Congo, o bem que seria dizer quelques mots en français. Seria chique! Como se sabe, o inglês é língua internacional imprescindível para o mundo dos negócios e para o entendimento da tecnologia, mas em Angola as elites, as estabelecidas e as esperançosas, as que estão à porta, exageram.
Então vamos a uma conferencia em que se deve discutir o país, o nosso país real, com os seus atrasos e coisas boas, o país que as elites devem transformar, mas com os outros, porque sem os outros não só não há transformação, como não há país, e ouvimos os cartões de visita da soberba, pavonismo e estupidez: compliance, coaching, leeding, e outras palavras distintas que poderiam muito bem ser passadas para o português se se quisesse mesmo fazer entender. Concluindo: este país não irá a lado algum enquanto não se alterar o paradigma da nossa elite, que julga ter o que ensinar antes de ter aprendido o país e as pessoas que nele habitam.
Perdão, já me esquecia, I’ll see you with compliance next time… vai mazé catar aquilo…