O jovem escritor Moisés Dias de Oliveira, de 28 anos, tem na forja a publicação de uma obra literária, intitulada “Ruas/ O outro Lado da história que não é contada”, a primeira entre tantas que projecta para a sua carreira artística
Moisés explicou, em entrevista a este jornal, que quer, com o seu rebento literário, trazer à leitura histórias pouco contadas e exploradas sobre quem vive na rua.
O escritor elucidou que “Ruas/ O outro Lado da história que não é contada” é uma obra literária que trás para a sociedade o outro lado da história contada por poucos, para além de acentuar, igualmente, situações relativas às condições a que a maior parte de meninos de rua se sujeita.
“Fala das condições e dos perigos que muitos meninos de rua que não só passam por ignorância ou a não preparação dos pais”, considera o luandense que escolheu Benguela para residir. Escritor há 6 anos, mas que só agora resolveu reflectir a sua imaginação em livro, o jovem escritor tem no conceituado Paulo Flores e o experiente artista Prodígio suas fontes de inspiração, sendo eles, conforme explica, os causadores para que ele se transformasse no escritor que é hoje.
“Foram os maiores impulsionadores para a minha veia artística. Já levei muita vida, pela vida que levei. Por isso, decidi escrever e mostrar para a sociedade que é possível um bandido e ex- presidiário contribuir para o desenvolvimento desse país, esse é o meu maior contributo”, adverte o interlocutor do jornal OPAÍS, que não se orgulha do seu passado.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela