Então, este ano somos já 30 milhões de habitantes em Angola, isto quer dizer que em quatro anos o país ganhou mais quatro milhões de habitantes, já que em 2014 éramos apenas vinte e seis milhões.
POR: José Kaliengue
Ou seja, ganhamos um milhão de habitantes por ano. Isto é obra. Isto é que é bumbar. E ainda dizem que temos um país improdutivo, só mesmo por maldade é que se pode dizer tal coisa. Vendo bem os números, os dados seleitorais de 2017 já davam para desconfiar, mas não porque tivessem nascido mais pessoas do censo para cá, estes ainda não votariam. Talvez tivesse aumentado a população imigrante, ou talvez ainda estejamos a “acabar” as contas do Censo Geral da População e Habitação de 2014. Contudo, a maka é para o Governo, fica difícil planificar o que quer que seja numa terra em que não há planeamento familiar e onde não se brinca em serviço. E este dado surge logo agora que já descobrimos que as escolas não chegam para a procura, que os hospitais se “arrebentaram”, que os dólares deram de “frosques”. São mais quatro milhões de bocas para alimentar num país que produz pouco. Mas há vantagens, pelo menos para os empresários, começamos a ser já um mercado interessante, é bom que se comece a refazer as projecções, daqui a pouco ainda descobrimos que somos já quarenta milhões. É que faltando quase tudo, até empregos e trabalho, o pessoal ocupa-se noutras bumbas.