Era Domingo, estava com um sentimento provido de esperança, onde a clareza detinha os meus aposentos cheio de subúrbios que nem a pátria conseguia cobrir o fluxo do meu revoltar.
Com os meus olhos vi a visão de deus, avistei a deus o que não conseguia ver, daí, fizme cego à secura, perdi às formas entre as cores saturadas que dizem iluminar as nossas crianças.
Chorar com os ricos sonhos cheios de amargura é um antibiótico para sarar as feridas do fardo que tenho entre as chamas que, às vezes, ouço deus a chamar-me no meio do meu inferno.
Abrigado com o remorso do prato, aqui a fome é um compromisso permanente com o estômago, ainda assim, vivo como se fosse um cofre e o país guarda o meu amanhã, onde o alheio é do outro e o meu é reserva surreal para o futuro, que cada vez mais está distante dos olhos de quem vê, torna-se fustigado pela aurora do inesperado.
Rio com a graça de aproveitar todos os momentos, até daqueles que ainda não os vivi, vendo a minha cidade dos sonhos a degradar sempre que os bairros me enchem de orgulho.
Fico leve, traço a ilação da morte e bravo sob reconstituição da matéria que se transforma em gotículas de lágrimas e forma um rio, mas de um belo propósito.
Se calhar o sacrifício mórbido é viver e deixar a foz passar_Não, é viver e ficar para trás, onde o sol risonho mantém-se em chama e o meu mundo acabe em chamas com gritos de socorro.
Ninguém ouvia a minha voz, onde chega em via, os atalhos torna-se o meu descanso, descalço e alcanço a plenitude pleno do suor que toma os meus desejos. Meus desejos são, sobre tudo, uma jóia de velha guarda que viveu eterna mente com os dorsos conectados.
Suspirei! Não havia sentinela para me despertar, abri os olhos, nele estava um “deus” no meu mundo que torna o meu ventre num subúrbio de delírios em vários lugares. _Não, porras! Eu sou o mundo em vários lugares! Lugares de todos os corpos caídos sob pressão da fome, da alegoria, do fardo piso no pé do canto da pátria, com os cânticos do desespero das crianças que querem o pão agora, mas se vestem cobertos de orgulho, pois quem promete torna-se criança amanhã quando, o cumprimento longo de introdução acabar no caminho da insensibilidade.
É assim, cumprir é difícil, como também, é difícil alargar a escala e fazer dos subúrbios um sonho real, um sonho que, com o sonso prazer de acreditar que tudo é possível, o gigante cai no ridículo, apego de querer mais, e esse mais é uma factura que fica estampada no meu consciente, e de quem tem, muitas vezes, um subúrbio debaixo do seu mundo!
Por: N’Dom Calumbombo