Agestão e a transparência nas eleições das entidades desportivas são aspectos fundamentais para a integridade e o desenvolvimento do desporto angolano.
Neste contexto, a lei sobre os processos eleitorais nas associações desportivas estabelece directrizes que impactam directamente na forma como as eleições devem ser conduzidas nas entidades desportivas, incluindo a previsão e a importância das comissões eleitorais.
Por outras palavras, as comissões eleitorais não devem ser “jogador e árbitro” ao mesmo tempo, correndo o risco de fazer desmoronar todo o processo.
A lei incentiva práticas que assegurem eleições justas e equitativas. Isso sugere a importância de mecanismos organizados, como comissões eleitorais, para supervisionar os processos eleitorais, garantindo a participação efectiva dos clubes e a transparência nas eleições.
A aparente acalmia transmitida para a sociedade, pelos três candidatos ao cadeirão máximo da APF Benguela, não passou de uma “jogada de charme”, já que nos bastidores surgiram áudios e acusações comprometedoras para afastar os concorrentes ao pleito eleitoral.
Aqui entra a verdadeira essência das responsabilidades da comissão eleitoral, que tem um papel crucial na garantia de eleições justas, transparentes e democráticas nas associações desportivas.
A comissão eleitoral tem a responsabilidade de organizar, monitorar e validar todo o processo eleitoral, desde a nomeação dos candidatos até a contagem final dos votos e, para tanto, devem ter autonomia de atuação, sem qualquer tipo de coação de quem quer que seja.
Este mecanismo assegura que o processo eleitoral seja conduzido em conformidade com os princípios de boa governança, transparência e equidade, essenciais para a confiança de todos os envolvidos e para a sustentabilidade do desporto angolano.
Por isso, lanço um apelo a Direcção Provincial que responde pelo pelouro do desporto em Benguela, que deve analisar e aferir a legalidade de todos os actos do processo eleitoral em curso com base nos marcos da lei.
Sempre defendi que o processo eleitoral nas associações é da inteira responsabilidade dos associados, sem a intervenção do Ministério da juventude e Desportos que, dentro da sua função fiscalizadora exarou oportunamente através da Direcção Nacional do Desporto, as circulares que estabelecem a metodologia, os pressupostos e os procedimentos a adoptar para a realização do processo de renovação de mandatos, com o intuito de alertar todos os envolvidos, para o cumprimento escrupuloso da lei.
António Moisés (lista A), Romualdo Nguenga (B) e João Carlos de Carvalho (C) são os candidatos à presidência da APF de Benguela, que promete ser bastante acirrada pelo número de eleitores, num total de 31 clubes. Auguro que vença o melhor projecto para revitalizar o futebol na região, a transparência e a verdade desportiva.
Por: LUÍS CAETANO