A milena, ou melhor, a Maria Madalena, é minha irmã, a minha mana nova. Com carinho ela me trata de mano velho. É a minha melhor amiga, a minha confidente mor. É uma mulher resiliente, consequente, inteligente, fala o que pensa, diz o que sabe, sem papas na língua. É uma pessoa persistente, religiosa, pura, verdadeira, tem carisma.
A minha mana nova é hoje também a minha mãe. Após o falecimento da nossa amada mamã e no impedimento da nossa mana Kota, por motivo de doença, ela é o meu colo, a minha trincheira.
O nosso vínculo de irmandade, forjado e fortalecido ao longo do tempo, mantém viva a nossa memória familiar, não apenas pelo que ela representa, mas pelas lições de vida que juntos partilhamos.
A minha mana nova é uma irmã, esposa, mãe, avó, sogra, tia, prima batalhadora, um exemplo de dedicação à família, uma honra que perpetua a memória de nossos pais. Quando mais novo, eu era muito traquino, aprontava bastante.
Só ela, sempre atenta, conseguia me controlar, apesar de não ser queixinhas, fazia uso frequente do vou falar, vou te queixar, o que nunca chegou a fazer. Zuela mana nova, FalaMaria, com a tua alegria e simplicidade, recua no tempo, reflecte sobre nossos bons momentos, compartilhados e aproveitados ao máximo, nesta vida com o destino sempre imprevisível.
Do passado só restam lembranças, seguir como antigamente, é compreender o que há de melhor no mundo, uma luz que acende ou uma vela que se apaga, afinal, somos tudo ou nada, ninguém é igual a ninguém. A minha mana nova é meu orgulho, sempre fomos muito apegados, nosso caminho é só um, na alegria ou na tristeza, celebramos a vida, não somos ingratos.
POR:JOÃO ROSA SANTOS