Este jornal publicou na Quarta e na Quinta-feira duas notícias que despertaram algum debate. No primeiro dia tratou-se de uma lei que está a ser discutida na Suécia e que diz que sexo só com o “sim” expresso.
POR: José Kaliengue
Ou seja, se não há um “sim” declarado, “aquilo” pode passar a ser crime de violação, ainda que seja entre casados. Na Quinta-feira noticiamos aquilo que até parece colocar-nos à frente da Suécia, um homem está detido por ter cometido o crime de violação. A queixosa, imagine- se, a própria mulher.
Ela, porque ‘estou zangada e tal, estamos brigados… portas fechadas!’. Ele, porque ‘tenho direitos adquiridos, três semanas é demais e assim vou onde mais? Forcei mesmo!’. Ontem, a Sputnik publicou uma matéria sobre a emergência do mercado dos robots sexuais e antevisão de filhos híbridos, meio humanos, meio robots. Ao mesmo tempo, todos os dias surgem acusações contra famosos por supostos assédios sexuais, alguns dos actos passados há mais de vinte anos (é para as pessoas saberem que um acto errado hoje pode perseguir-nos o resto da vida).
A relação dos humanos com o sexo está a mudar, pelo menos a forma como as mulheres o querem usar, ou não usar. Não sei se isso vai dar em maior respeitabilidade ou em maior distanciamento entre homens e mulheres, com robots pelo meio. Não sei se depois da queima dos soutiens não estamos a entrar na veda sexual. Mas que elas estão cada vez mais donas do seu corpo, lá isso estão, que o diga o outro que está detido. Qual marido, qual quê…