Recebi o recado que me [não] deste através do último pássaro astuto, aquele que entrou para a gaiola em dois mil e dezassete noites seguidas, provavelmente, por imposição das mãos sacras, qual um ritualístico evento católico sobre a consagração, com recitações de Apocalipse.
Um milhão de pessoas, entretanto, visualiza o meu necrotério laboratorial-literário, em busca de algum conforto tomado a título de empréstimo de um defunto génio; os arquivados ossos cardeais territoriais são pontos sincrónicos entre a bunda de uma Sofia que não é de Mello; o nariz à Michael Jackson clama por um Paizinho aculturado; o Americano é Perú famoso e custoso; tudo fumaças da vaidade conjunta; hoje sei que meu amor por ti é indefinível, à luz dos critérios humanos, já que és quem és, ó Mulher Divina, que não faz Comédia com o meu existir.
Aqui onde vivo há mais de vinte e quatro luas, a realidade não existe para além da utopia circundante e recorrente. Os imogis fazem a substituição de um sorriso original, é a preguiça de viver que nos persegue; até Donald Trump deixou de usar as redes que não socializam eticamente as nossas condutas, porque violou as políticas emanadas pelos proprietários dessas ferramentas comunicativas.
Por que tal não sucede, portanto, com a Escola Móvel da Edição? A dimensão e a pertinência da minha intelectualidade são medidas com uma fita isolante, métrica mente, por meio dos adoros de Sua Santidade Papa, de Sua Excelência Senhor Presidente, da Honrosa Primeira Dama da República, construção da maior Trindade.
Fora dessas ilustres figuras, a Lei do 3°. Excluído sendo aplicável, deduzo que as minhas publicações não abservam os condimentos atrativos, pois que não se pode esperar rapidez no pensar e agir, quando o sujeito em causa engoliu, em tempos recordes, a timidez de tartarugas estacionárias.
Histórias similares ligam-me à Sodoma actual. Fuso horário de atendimento ao público em geral sempre focando nos jornais de cortesia para a próxima edição da Revista Brincar, exclusivamente para conteúdos das Letras e Artes.
Dela constam as participações inéditas de Frederick Luvualo, exemplo de resiliência fracassada a tiros, Joãozinho Pintador, símbolo de consistência em tempos de perigo estratégico-político eminente, Luaty Lu, maior representatividade reivindicativa nacional, nos moldes de contemporaneidade afectiva, como sinal clarividente da importância constante dos papéis aos quais um ser terá concluído melhor serem conhecidos como livros. Sobre, os relatórios lagrimam-me.
Há um código a céu aberto, em contrapartida, relativamente à coragem dos santos dessa terra amarga em perpetuar malícias por toda parte. O sabor é outro, no momento em que sinto a Estatística Bancária penetrar-me calmamente. É a leitura obrigatória para a vida. O resto tipifica as necessidades imateriais, o que não é prioridade para a minha geração.
Quero kumbu e safodará, então, o que vier adiante. Paradoxalmente, sei que me não vais entender, ainda que o teu dicionário filosófico esteja em activo.
São assuntos de um País que corre a passos mais lentos do que a própria palavra lentidão. Por questões financeiras pessoais, históricas e culturais, reconheço que não tiveste o ABC da modernidade sobre as tuas mãos. Não é unicamente a ti que perdoo por tal situação.
O destino tem a mania de exarar decretos sobre martírios classificados com recurso à situação socioeconómica particularizante. Teu caso abrange esse inestético PC-Sistemático avariado pelo contexto perturbador.
Foi contigo que aprendi a sonhar, pela primeira vez, à medida do meu currículo familiar. Ando à procura de um método aprovado e eficaz para contrapor o laudo das minhas intenções: a Natureza não pecou ao dar-te as chaves da Vida.
Os teus olhos, hoje exaustos, suportaram a inércia de teres vivido a presságio de que teu filho esquecido, mesmo em terra de todos, fosse algum dia elevado à consideração de Alguém, contanto que lutasse mais e mais.
Isso tenta justificar a tua construção civil, com experiência de meio século e meio, o que da minha geração, a da Incerteza Global, se desconfia o alcance num horizonte temporal mais próximo ao século XXI.
Ensina-me a ser o Poeta dos meus próprios poemas, Minha Mãe!
Por: SALVADOR XIMBULIKHIA