Decididamente, as redes sociais estão cheias de incendiários. No entanto, o mais grave é quando pessoas com alguma responsabilidade, os tais fazedores de opinião, se deixam embriagar pelo festival de disparates que são ditos e embarcam neles.
Há dias vi textos de alguns deles a comparar a situação no Zimbabwe com a de Angola, mais propriamente a questão da ZANU- PF com a do MPLA. Um despropósito de todo o tamanho. E já apelavam à saída imediata de José Eduardo dos Santos da liderança do MPLA. Estes novos heróis das redes sociais revelam que lhes falta alguma coisa. Em primeiro lugar, o líder do MPLA anunciou a sua saída da cena política activa para 2018. O MPLA teve um congresso em 2016 e, de certeza, terá um outro em 2018, extraordinário. Onde tudo se consumará segundo os estatutos do partido. Fala-se de guerras no interior do MPLA, esquecidos do discurso e da Moção do Líder do partido no último congresso. Diz-se que o líder do partido quer colocar no Bureau Político nomes de pessoas que nem sequer ao Comité Central pertencem. No Congresso, José Eduardo dos Santos chamou de gatunos a alguns titulares de cargos públicos, João Lourenço está a correr com eles. Mas ainda falta muito. E são exatamente esses que vociferam que há uma guerra interna, que procuram um sítio onde se acoitar, pois o que mais querem é evitar a cadeia.