No Lubango, as obras de destruição daquilo que era a piscina do complexo da Nossa Senhora do Monte, que, aliás, já tinham beneficiado de custosas obras em 2012, começaram em “segredo”.
Sem que o público fosse informado, sem placas de informação, sem se saber quem era o dono da obra, sem se saber quem a está a executar. Apenas se viu uma estrutura de betão a ser erguida dentro da piscina. Até alguns cidadãos se aperceberem, se terem indignado e levantado a discussão pública do assunto.
As autoridades não ficam nada bem apanhadas a cometer tal atentado contra o património e a memória da cidade. Mas em Luanda há coisa igual, no estádio 11 de Novembro, onde muros crescem, infraestruturas estão a ser erguidas no espaço que todos julgavam pertencer ao estádio.
Que fosse património público. Se calhar o é, mas, como sempre, a obra é “fantasma”, com dono fantasma e com empreiteiro fantasma. E isso se repete pelo país, onde a força e o desprezo pelos cidadãos se impõem porque neste país há quem julgue que a ninguém deve explicações.