Cada vez mais dirigentes políticos, com cargos executivos, independentemente do seu nível, assumem publicamente ter negócios em seu nome. A maior parte deles não os tinha antes do exercício dos cargos. Justificam-se com uma pretensa transparência, com o recurso a empréstimos bancários para a construção dos seus negócios, etc..
Há até os que dizem que assim conseguem dar às suas famílias aquilo que o salário e as regalias da função não dão. Ou seja, querem ter mais. Nestes casos, o ideal seria que deixassem os lugares públicos e se dedicassem exclusivamente aos negócios, teriam grandes rendimentos, próprios de quem se dedica com competência e a cem por cento a uma empresa, e deixariam de andar em convívio com a suspeita dos cidadãos, legítimas, de terem, pelo menos, ferido a ética.
As declarações de bens dos detentores de cargos no Estado, como se sabe, não é tornada pública, ou seja, não existe até que o Tribunal o ordene. É aqui que reside o problema da lei da probidade pública, os que se enriquecem à custa do Estado podem fazê-lo sem crime, mas também sem ética.