Estamos a viver uma fase de muitos regressos. vimos dois ex-primeiro-ministros a regressar à vida pública pela porta da Sonangol; vimos ex-ministros a regressar como consultores; vimos um general a voltar ao comando dos serviços secretos e vimos também o regresso de um ex-colonizador da polícia de luanda a regressar ao activo, mas agora como comandante- geral. Estamos em época de regressos. Talvez de reajustes, talvez de continuidade, mas o facto mais importante é que vivemos dias agitados, animados. Emocionantes. Com tudo isso, o importante é que regressemos para perspectivar o futuro, que se anuncia sombrio, mas promete abrir-se para dar espaço à esperança, à força de vontade e à persistente teimosia que temos de lutar para ganhar.o futuro?… É preciso caminhar para lá. e nós vamos caminhar, firme e plenamente pela rota que nos foi aberta pela “geração da utopia”, não pelas pessoas com quem caminhamos, nem pelo que elas são, mas pela consciência e pelo entendimento do que são os dias de hoje. no fundo, o futuro é nosso e, por ser nosso, ele será aquilo que sairá do que fizermos hoje.