Por: Redacção OPaís
Angola é o país dos dilemas, está entre uma vontade enorme de crescer e, ao mesmo tempo a insuficiência de quadros para a fazer crescer em diversas áreas. Um país não deve crescer inclinado, nem aos solavancos, com áreas bem desenvolvidas e outras ainda no início do século passado. Nem o país pode crescer desenvolvendo boas ideias e tendo, depois, uma prática em sentido contrário.
Pretende-se ter farmácias como as do primeiro mundo, a legislação cuida disso, mas, ao mesmo tempo, não temos técnicos especializados suficientes, não temos fornecimento de energia suficiente, barata e eficaz para a conservação dos medicamentos dentro dos limites de temperatura e luminosidade exigidos. Como consequência, existem nos centros urbanos farmácias minimamente adaptadas à lei, e nos subúrbios e zonas rurais, uma desconformidade gritante.
Estes desníveis são encontrados em todas as áreas da vida, entre as escolas públicas entre si e entre estas e os colégios privados; entre os hospitais e as clínicas, quer sejam públicas quer sejam privadas; etc., etc.. Mais um exemplo dos dilemas a resolver?
Há pouco mais de dois meses foi lançado o novo Bilhete de Identidade, com tecnologia de ponta, hoje, por todo o país cidadãos passam a noite à porta dos centros de identificação e agradecem o milagre quando conseguem tratar o documento. É a desfazer estes nós, os dilemas, que deve incidir a acção governativa, como prometido, em defesa da cidadania de cada angolano.