Os números avançados por diversos organismos sobre a malária em Angola continuam assustadores. Quase desesperadores. Mas os números em si só dizem pouco deste desespero. O que castiga mesmo é o somatório de causas da malária. Os números dizem respeito a registos de casos hospitalares e de óbitos, que não existiriam e poupariam custos aos Estado e às famílias se se conseguisse resolver o problema do saneamento do meio e a eliminação, numa percentagem alta, da possibilidade de reprodução do mosquito. O problema é o mosquito, o problema é que não conseguimos ultrapassar aquele espaço que vai da teoria à prática. O fazer. O pôr mãos à obra e apostar sériamente no saneamento, limpando, desobstruindo as passagem de água, eliminando charcos. É tudo o que se precisa.