O s africanos e as pessoas de outros continentes que acompanham com preocupação o que acontece no continente “Berço da Humanidade” foram, ontem, surpreendidos com uma notícia inesperada: uma expansão militar “sem precedentes” do grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23) no leste do país, o que agravou a situação humanitária.
Ao proferir este alerta, o chefe da missão de paz da ONU na República Democrática do Congo (RDC), Bintou Keita, apelou à retirada de “todas as forças estrangeiras que operam ilegalmente” em território congolês e ao desarmamento dos grupos rebeldes.
No nosso caso particular, este alerta é motivo de bastante preocupação. Isso por diversos factores, como o de partilharmos uma extensa fronteira com a RDC e os laços de parentescos existentes entre os dois povos.
Além disso, de acordo com Huang Xia, diplomata da ONU, o processo de Luanda em que estão envolvidos os Chefes de Estado de Angola, Ruanda e da RDC é considerado como o que cristaliza as esperanças para uma paz efectiva na região dos Grandes Lagos.