Partindo do princípio de que ocupam determinados cargos porque mereceram a confiança de quem lá os colocou, homens e mulheres que deveriam velar pelo crescimento de empresas e dos funcionários, assumem comportamentos equivocados, assentes na assumpção da total impunidade.
Estes gestores, que não querem saber dos trabalhadores e muito menos da empresa, socorrem-se de duas falácias perigosas das quais não abrem mão. Uma diz que empresa pública não nasceu para dar lucro, pelo que se dedicam zelosamente a cultivar o deixa-andar, não investindo no capital humano, fechando as portas aos utentes ou clientes. A segunda falácia é a de que a fonte nunca seca, o Estado paga sempre, e ocupam boa parte do seu tempo a desbaratar os recursos públicos que deveriam se multiplicar para benefício da sociedade.
Por isso, todos os anos se fala de empresas públicas tecnicamente falidas, não pela natureza do negócio, não pelos ditames conjunturais, mas apenas pela incapacidade de os seus gestores assumirem a busca pela excelência. Para a segunda falácia há uma espécie de agente contrariante que pesa sobre o Estado, chama-se crise.