Se a situação que vivemos exige rigor na gestão, acerto e celeridade nas reformas, redobrada atenção na utilização e aplicação dos dinheiros públicos, não justifica dramatismos alarmistas então recomenda evitáveis polarizações. A recuperação, ainda que lenta, da economia é um facto confirmado pelos indicadores disponíveis e pela generalidade das previsões, tanto as produzidas internamente como as que chegam das instituições internacionais. A estabilização do preço do petróleo nos níveis dos últimos meses permite que a política fiscal e a política cambial respirem melhor, dando mais margem de manobra ao Executivo para lançar e implementar as reformas necessárias. O que está a ser feito para captar o interesse dos investidores abre uma janela de esperança. E de confiança. Do que mais se precisa é que os investidores, internos e externos, confiem em Angola, que o país se torne um destino e não mais um ponto de partida de capitais que geram riqueza.