Preservar o ambiente é uma missão que deve engajar a todos, independentemente do seu status social. Uma acção que se reveste de elevada importância por estar relacionado à qualidade de vida das gerações vindouras.
No entanto, a maior responsabilidade recai para o Governo, por ser a quem confiamos, através do voto, a nobre e espinhosa missão de dirigir os destinos do país.
É justamente ao Governo a quem cabe, com os recursos de que dispõe, a responsabilidade de combater energicamente os crimes ambientais nas suas mais diversas formas.
Uma preocupação que tem sido encarada, conforme atestam as acções desenvolvidas pelo Ministério do Ambiente, com a seriedade que se requer. Pena é que os resultados alcançados, até ao momento, podem não ser satisfatórios.
A título de exemplo, na semana finda, este jornal abordou as consequências do desmatamento que está a ocorrer no polígono florestal da Ganda, em Benguela.
Alguns madeireiros licenciados denunciaram que, apesar de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter entrado em cena, as práticas de garimpo em florestas adentro continuam. Denúncia semelhante vem, na presente edição, da província mais ao norte do país: Cabinda.
O bispo Dom Belmiro Chissengueti diz que há empresas madeireiras que estão a delapidar “com uma velocidade estonteante ao ponto de a própria natureza já não ter mais capacidade de reequilibrar-se a si mesma”. Deste modo, fica aqui o alerta de que há necessidade de se pôr fim a tais práticas.