Aos poucos, à semelhança do que se via outrora, naqueles chamados tempos de vacas gordas, o país vai registando o ressurgimento de inúmeras obras e uma forte movimentação dos responsáveis deste sector importantíssimo para a vida do país.
Há quem se lembrará, certamente, daquela fase em que um conhecido governante, a quem foi destinado o processo de reconstrução de importantes vias rodoviárias, ter, por exemplo, merecido o apelido de Todo-o-Terreno.
Galgava, em pouco tempo, fizesse sol ou chuva, inúmeras partes do território nacional, embora o saldo hoje seja agridoce. Com estradas que reclamaram recuperação, edifícios inapropriados e até alguns elefantes brancos que campeiam pelo país. Infelizmente.
Apesar de ter sido um dos governantes repescados para o Executivo do Presidente João Lourenço no seu segundo mandato, o ministro Carlos Santos, vai-se tornando, nos últimos dias, numa das figuras mais omnipresente para os angolanos. É o que vai dando a cara pelos projectos em curso- e não poderia ser diferente- assim como o que aos poucos vai restaurando o sonho de muitos angolanos.
Foi bom vê-lo, recentemente, em Cabinda, anunciando a construção da circular que vai revolucionar o trânsito nesta província. E no mesmo local também prometeu novos passos a nível da autoconstrução, assim como outras centralidades em curso.
Depois esteve na Huíla, onde foi ver as ravinas e lançou os programas que visam estancar uma série delas, assim como outros projectos para o próximo ano. Por estes dias, numa fase em que se aguarda pacientemente pela entrada em cena do Novo Aeroporto Internacional de Luanda, Dr António Agostinho Neto, vai-se desdobrando em avaliar os trabalhos de alargamento da estrada Fidel de Castro e Deolinda Rodrigues que se acredita venham a atenuar os constrangimentos que se possam observar.
Para já, apesar dos tempos difíceis, existirá verba para que estas infraestruturas e outras possam correr sem sobressaltos. Aliás, por exemplo, o Presidente da República, João Lourenço, garantiu, há poucos dias, que quanto ao sector da saúde haverá sempre dinheiro.
É ponto assente que para outras obras estruturantes, como as vias rodoviárias e outras, os cofres públicos terão sempre reservas. Entretanto, o que se espera é que não se descure a qualidade para que se melhore a vida dos angolanos. E assim não iremos repetir os erros observados num passado não muito distante em que os maiores beneficiários foram os que lideraram os referidos processos.
Ainda nos lembramos, certamente, dos tempos em que o país foi apontado como sendo um verdadeiro canteiro de obras. E anos depois muitas destas infra- estruturas foram servidas num banquete, em horário nobre, em que os principais beneficiários tinham sido responsáveis de empresas de construção e outros comensais.