Qualquer dia escreverei umas linhas sobre o Carlos Cunha. refiro-me ao Carlos Cunha, o empresário, dono de um dos mais emblemáticos espaços culturais de Luanda, a CASA 70. É uma figura incontornável da cultura, da política e do empresariado angolano.
É possível que sim. Aliás, parece que é, porque são poucos os que têm ou sabem dele a resiliência que se o caracterizou. Há alguns anos, quando ainda mais novos, reuniu um grupo de jovens angolanos, quase todos radicados no interior, que viam na agricultura um caminho para o futuro e, indiscutivelmente, para o sucesso.
Num grupo reduzido, com aquela falsa voz frágil mas dócil, estendia aos presentes os seus aposentos – uma das salas da CASA 70 e a sua vasta experiência, hoje consolidada na afirmação longe dos anos de penúria e exigência que se vive. Quase imberbes, embora uns com alguma experiência, era possível vê-los, entusiasmados e entregue a uma causa que nem se pensava que fosse virar nacional.
Quando se escreve ou se aponta o empreendedorismo no campo, pasme-se, há nomes que foram sendo construídos a palmo. Há hoje vários nomes que se vão afirmando, muitos deles têm o selo de uma relação de amizade, cordialidade e sinceridade, construída através de Carlos Cunha e outros. Gostaria imenso de um dia puder dedicar uma crónica a ele. Seria bom. Muitos teriam a oportunidade de saber que por trás daquele ser que criou a conhecida CASA 70 há muito mais.
Alguns se vão afirmando, mostrando indiscutivelmente que da terra brotam, nos últimos tempos, vários exemplos de que nos poderemos orgulhar brevemente. Visitei um deles e prometo escrever sobre as suas façanhas: o Felisberto Capamba. Era sobre o Capamba que quis escrever depois da visita efectuada numa das fazendas que este jovem empresário possui no Huambo, província onde teve lugar a terceira edição do Fórum Negócios e Conectividades do Grupo Medianova. Nos próximos dias, falaremos dele. Enquanto isso, as honras são para o Carlos Cunha, e o Felisberto irá compreender certamente.