Quase 10 anos depois de ter começado a sua construção, o Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto prepara-se para, nas próximas duas semanas, começar a receber as primeiras aeronaves e assim dar início às operações que ditarão verdadeiramente o começo das suas actividades.
Quando faltam somente duas semanas para se assinalar o 49.º aniversário da Independência Nacional, o início das operações no referido aeroporto podem também abrir as festividades do 50.º aniversário que vão durar um ano, isto é, até 11 de Novembro de 2025.
Desde o seu arranque, a construção do novo aeroporto esteve sem envolto de muitas informações, especulações e inúmeros dados apócrifos que faziam com que em determinados momentos não se ventilasse sequer a possibilidade de um dia arrancar com as operações.
No início, para quem se lembra, falou-se até que a empreitada não iria avante, porque no espaço se explorava minerais preciosos. Depois surgiram informações sobre a torre, uma suposta reprovação por parte das entidades aeronáuticas mundiais, e ultimamente se fala numa recusa das operadoras internacionais, informação esta que já deveria merecer do ministério da tutela uma nota ou esclarecimento para se evitar mais especulações.
Felizmente, hoje todos falam do referido aeroporto. A maioria dos quais sem o conhecer. Depois de largos anos, o ‘velhinho’ 4 de Fevereiro já não ser- via para os interesses nacionais, sobretudo para a dimensão do que Angola vai representado hoje.
Os que puderam visitar a infra-estrutura este ano, assim como noutros momentos da sua construção e criação de condições para abertura, puderam observar uma infra-estrutura à dimensão de outros aeroportos no mundo.
Na verdade, o Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, como se soe dizer, não deve nada a muitos projectos semelhantes existentes, sobretudo as principais referências aeroportuárias no continente africano e noutras partes do globo. À semelhança de outras obras feitas pelas autoridades, é expectável que existam alguns receios por conta dos montantes envolvidos na sua construção.
Daí a necessidade de se deixar que seja mesmo uma instituição privada que vele pela sua exploração e operacionalização, devido aos exemplos menos bons que já se observaram noutras áreas de actividades.
Antes mesmo da sua entrada em funcionamento, são vários os interesses empresariais que vão sendo deslocados para a região de Icolo e Bengo, directa e indirectamente. As perspectivas são de que outros mais se preparem para lá chegar.
E estas duas semanas serão derradeiras para se aferir verdadeiramente a dimensão que a obra irá trazer para Angola e os angolanos, apesar dos temores que os mais críticos vão demonstrando insistentemente.