Terá sido durante o ensino médio que um dos trajectos diários passavam necessariamente pelas estradas da Brigada e na conhecida Senado da Câmara, ambas no município do Rangel, em Luanda. Foram vários os anos em que nos questionávamos sobre a reabilitação de uma outra estrada. Hoje, felizmente, já se tem uma outra visão sobre a Senado da Câmara, um projecto que levou vários anos e, seguramente, inúmeros milhões de dólares para os escassos quilómetros de asfalto que existe hoje.
O mesmo não se pode dizer em relação à estrada da Brigada. Quase que já se perdeu a conta das tentativas de reabilitação da mesma, não se vislumbrando sequer que possa ganhar uma outra imagem brevemente, apesar dos esforços que se diz existirem. As estradas da Brigada e da Senado da Câmara são dois exemplos tristes da morosidade em termos de empreitadas em muitos pontos do país.
Não se sabe o que existirá, há quem fale em prioridades, mas não consegue perceber algumas vezes as razões que fazem com que a reabilitação de determinadas infra-estruturas importantíssimas levem quase uma eternidade. Por estes dias, por exemplo, fala-se com muita frequência sobre as infra-estruturas no Zango. Houve, recentemente, um vídeo de uma moradora chamando atenção aos governantes para que pudessem rever a situação da reabilitação dos principais troços da edibilidade.
O que se sabe é que já existe um plano que prevê a construção de novas estradas para se travar os engarrafamentos que se observam em determina- dos pontos do Zango. E espera-se que nos próximos tempos, de acordo com informações divulgadas pelos responsáveis do próprio Governo Provincial de Luanda, os habitantes da localidade possam ter alternativas. Porém, ontem, lembrei-me das estradas da Brigada e da Senado da Câmara depois de tentar percorrer a via entre o Zango e a Vila, passando pelo Cemitério de Viana.
O que poderia servir de escapatória para os milhares de automobilistas e cidadãos tornou-se um autêntico pesadelo. Acredito já ter ouvido pronunciamentos de governantes sobre o início da construção da referida via há alguns meses. É provável que venha a acontecer, mas o estado degradante em que está deve merecer das autoridades uma acção urgente para que o tráfego se faça no mínimo sentir. Não obstante a crise financeira que se faz sentir, ainda assim há acções que devem ser urgentes e prioritárias tendo em conta a importância capital que têm.
Não é necessário que se assista a horizontes temporais extensos como os que se observaram para a reabilitação de poucos quilómetros, como vimos na Brigada e na Senado da Câmara. A estrada que dá acesso entre o Zango e o Cemitério de Viana clama por uma acção rápida e já, antes que se corte a circulação, sobretudo nesta fase de chuvas.