Quem circula por Luanda nos últimos dias tem a convicção de que não está fácil, ou seja, não se trata de uma tarefa fácil devido ao estado em que se encontram as vias. São poucos os bairros da capital onde não existem buracos, agravados igualmente pelas chuvas que insistentemente vão caindo em quase todo o país. Ainda não se chegou ao ponto de vermos enchentes como as do Longa, na Estrada Nacional 100, mas os constrangimentos vão aumentando a cada dia.
Há quem acredite que se venha a piorar caso não se actue para deixar determinados pontos transitáveis. Além do péssimo estado em que estão muitas vias, um dos problemas tem sido igualmente a inexistência de recursos pedonais em determinados troços, uma situação que vai piorando porque não se acompanha a velocidade como se faz algumas obras.
Quem circula, por exemplo, pelas avenidas Pedro de Castro Van-Dúnem Loy, assim como na conhecida Via Expresso, observa o surgimento de separadores de betão ainda em construção. Para muitos, se calhar, é a melhor saída para que os angolanos não morram constantemente atropelados, aumentando assim as estatísticas em relação aos acidentes de viação, por sinal, umas das principais causas de morte no país. Nada contra.
Sejam os separadores de ferro ou betão, mas a verdade é que os populares que vivem em muitas destas zonas clamam pela colocação de pedonais para que as vidas não sejam um autêntico inferno como se tem observado. Há zonas em que ainda se pode assistir a variadíssimas acrobacias dos populares para poderem atravessar de um ponto ao outro. Noutros, como na Via Expresso, vaise tornando impossível para muitos fazer isso naqueles locais em que os separadores de betão já fazem morada.
Há, sim, necessidade urgente de se colocar mais pedonais, como, aliás, alguns populares vão exigindo incluindo com manifestações. Lembro-me de há pouco tempo ter escutado uma responsável do Governo Provincial de Luanda ter dito que há um plano para a colocação de várias pedonais. Só que a necessidade hoje urge, para que não se torne a vida de muitos cidadãos ainda mais difícil