O espaço de debates da TV Zimbo, aos domingos, tem sido quase obrigatório desde o nascimento desta estação televisiva. Mesmo quando não se vá com a posição de alguns dos comentadores, como temos visto inúmeras vezes em escritos feitos por muitos telespectadores, ainda assim poucos são os que desgrudam do mesmo.
Aliás, a polémica em torno do que foi dito recentemente pelo agora substituído Bali Chionga, em relação à diáspora angolana, mostrou que a audiência em si há muito que anda assegurada.
Por isso, quem lá vai deve, por exemplo, ter uma postura que muitas das vezes pode acabar por influenciar positivamente os demais angolanos em todos os sentidos.
No último domingo, Albino Pakisi, comentarista, de quem se conhece muitas vezes uma certa verticalidade nas suas abordagens, mesmo quando se trata de acções boas ou más feitas pelo Executivo, aproveitou a oportunidade para tentar chamar muitos angolanos à razão sobre aquilo que é benéfico para todos.
A possível vinda do Presidente Joe Biden tem servido, ao mesmo tempo, para que alguns angolanos manifestem alegria em relação ao facto, por se tratar de uma primeira visita de um chefe de Estado norte-americano ao nosso país.
Por sinal, um facto inédito caso ocorra, conforme ainda assegurou o Presidente do MPLA e da República, João Lourenço, assim como o embaixador dos Estados Unidos em Angola, Tulinabo Mushinge.
Do outro lado, têm estado também outros cidadãos que não escondem o desejo de que esse feito não ocorra. Fazem-no por escrito e outros até não escondem uma certa dose de ódio por simplesmente não comungarem das mesmas ideias políticas de quem neste momento dirige a política externa do país.
Entre estes críticos, por ironia do destino, há até indivíduos com responsabilidades políticas acrescidas que não conseguem sequer descortinar que a melhoria das relações entre os dois países significa, igualmente, uma mudança para melhor a nível da aproximação entre empresários e outros players norte-americanos e angolanos.
O Corredor do Lobito, onde já terão sido investidos mais de 400 milhões de dólares norte-americanos, durante esta fase de namoro entre os dois países, é uma das provas dos ganhos que podem haver de forma directa e indirecta para muitas famílias angolanas com novos postos de trabalhos, salários e outras benesses.
Entre os beneficiários estarão, com certeza, indivíduos que nem sequer estão interessados nas contendas políticas, mas sim angolanos que esperam cada vez mais uma oportunidade, venha de onde vier.
Albino Pakisi fala em falta de patriotismo e de noção de Estado de muitos angolanos, uma verdade indiscutível que observamos todos os dias através de vários exemplos que nos chegam.