Por mais prazeroso que seja, não há nenhuma actividade que não acarrete algum risco. Desde o desporto à política, haverá sempre os momentos bons e os maus.
Alguns deles até em que os seus praticantes estarão envolvidos em polémica, não se descartando a colocação das suas cabeças a prémio.
E em política, principalmente, é frequente o bom se transformar em mau ou vice-versa. É o mais comum ocorrer, razão pela qual se observa períodos em que muitos políticos atingem o topo de aceitação, a nível das projecções ou dos índices de popularidade, mas, noutras alturas, pode estar em níveis de reprovação, por conta das suas acções, ou até mesmo porque os governados podem estar aquém das acções em curso.
Lembro-me dos primeiros anos de mandato do Presidente João Lourenço, após a substituição do então Presidente José Eduardo dos Santos, em 2017, em que não existia sequer oposição que pudesse contrapor as suas acções nem tão pouco ‘minar’ o ambiente político.
Passados vários anos, muda-se muita coisa. Aliás, as condições com que se herdou Angola, com mil e um problemas, poucos são os que a esta hora estariam com os níveis de popularidade acima, pior ainda com os problemas socioeconómicos, alguns deles derivados de conjunturas internacionais, que acabaram por desarticular determinadas prioridades.
Porém, não obstante a isso, não se pode descurar o que vai sendo bem feito em vários sectores, como são os casos da Saúde, Energia e Água, Educação, Agricultura e Petróleo e Recursos Naturais, por exemplo, porque outros vão caminhando embora se acredite que os resultados venham a ser conhecidos a médio e longo prazos. Há hoje muito mais energia que no passado.
Aliás, as inaugurações que vão sendo feitas demonstram isso, esperando-se que o transporte e a distribuição sejam uma das apostas para que todos os angolanos venham a beneficiar deste bem precioso. A água também vai dando sinais.
Quanto à agricultura, aos poucos, o país se vai libertando das agruras da importação de certos bens, apostando em produtos que durante largos anos revolucionavam a economia de navio com milhares de toneladas todos os dias. Mas é na saúde onde se tem feito sentir rapidamente muitas das apostas do Presidente João Lourenço, que, no último fim-de-semana, inaugurou o Hospital Municipal de Cacuaco ‘Heróis de Kifangondo’.
São inúmeras as infra-estruturas hospitalares inauguradas durante o seu consulado, um número que se prevê que venha a crescer ainda mais nos próximos tempos.
Como sempre, ainda assim, resiste em determinados círculos a tese de que nada está sendo feito ou que se deveria apostar essencialmente nos cuidados primários.
Sempre tive a percepção de que, no âmbito do Programa Integrado de Intervenção aos Municípios (PIIM), os cuidados primários estariam entre as prioridades deste projecto de iniciativa presidencial, com o aumento de serviços e camas nas zonas mais longínquas e na periferia das grandes cidades.
Algumas já vão beneficiando, mas outras estão ainda distantes devido aos problemas que se vão assistindo, incluindo o incumprimento e a fuga de empreiteiros. Com o dinheiro do Estado, claro.